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"Excessos" contra o PSL serão apurados, diz partido

A Comissão Executiva Nacional da sigla divulgou uma nota oficial sobre as investigações da Polícia Federal

15 out 2019 - 17h01
(atualizado às 17h06)
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Presidente do PSL, Luciano Bivar, no Congresso Nacional
20/02/0219
REUTERS/Adriano Machado
Presidente do PSL, Luciano Bivar, no Congresso Nacional 20/02/0219 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A Comissão Executiva Nacional do PSL divulgou nesta terça-feira (15) uma nota na qual diz que eventuais dúvidas sobre a transparência das contas partidárias serão solucionadas "a tempo e modo próprio, sem atropelos", ao mesmo tempo que alerta que excessos cometidos contra o partido serão devidamente apurados para adoção de medidas.

A nota informou que a direção partidária ainda não recebeu o original do pedido, apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro e parlamentares aliados a ele, para ter acesso e fazer uma espécie de auditoria nas contas da legenda. Informou que vai aguardar para responder aos termos assim que a documentação estiver completa.

"De qualquer forma, no que tange à transparência das contas partidárias, parece ser evidente que qualquer pessoa --filiada ou não-- pode ter acesso completo a todas informações, extratos e comprovantes que constam das prestações de contas apresentadas pelo partido nos últimos anos, pois eles estão disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral", disse a nota.

"Eventuais dúvidas pontuais, se existirem, serão solucionadas a tempo e modo próprio, sem atropelos. Por outro lado, os excessos cometidos contra o partido serão devidamente apurados para adoção das medidas cabíveis", completou.

A nota classifica ainda como "natural" a existência de divergências dentro do partido e que as diferenças devem ser sempre resolvidas pelo "diálogo honesto, sem insinuações e ameaças veladas, que se mostram frágeis".

"Alguns pronunciamentos noticiados caracterizam pueril tentativa de criar fatos artificiais que visam atender meros interesses pessoais em detrimento do interesse coletivo do partido", avaliou.

O presidente do PSL e deputado federal, Luciano Bivar (PE), está em guerra com Bolsonaro e aliados do presidente pelo controle do partido, que conseguiu ver a verba pública de financiamento partidário ser turbinada em razão do resultado eleitoral do ano passado, quando a sigla elegeu uma grande bancada parlamentar.

Bolsonaro e aliados ameaçam sair do partido, mas principalmente os deputados querem um respaldo jurídico para evitar serem alvo de processo de cassação por infidelidade partidária.

Em meio a essa disputa, Bivar foi alvo na manhã desta terça de uma operação da Polícia Federal que investiga candidaturas-laranjas nas eleições de 2018. Essa ação, segundo aliado de Bolsonaro, pode garantir justificativa para que ele e outros deixem a legenda por justa causa, o que evitaria o risco de perder o mandato.

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