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Embaixador da China nega entrave político para liberação de vacinas, diz Maia

20 jan 2021 - 11h48
(atualizado às 12h15)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, negou qualquer entrave político para a importação de insumos para vacinas contra a Covid-19 a serem produzidas no Brasil e disse trabalhar junto ao governo chinês para acelerar o processo.

06/01/2021
REUTERS/Adriano Machado
06/01/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Maia, que se reuniu na manhã desta quarta com o embaixador, afirmou em entrevista à GloboNews que há aspectos técnicos a serem superados para a liberação dos insumos. Segundo ele, Wanming disse trabalhar para superar "rapidamente" os "trâmites técnicos".

"Ele (Wanming) abriu a conversa já relatando que de forma nenhuma haveria obstáculos políticos para a exportação dos insumos da China", relatou o presidente da Câmara.

"Ele disse que trabalha junto ao governo chinês para que a gente possa acelerar a exportação, no nosso caso, a importação, desses insumos para que possamos restabelecer logo a produção. Então entendi a reunião como muito positiva", afirmou Maia, acrescentando que o embaixador demonstrou "boa vontade".

Maia garantiu ter ficado claro na conversa desta quarta que não há impedimentos políticos por conta das reiteradas declarações negativas a respeito da China por parte do presidente Jair Bolsonaro e de auxiliares e familiares dele. A exportação dos insumos esbarra, segundo ele, em aspectos formais.

"Esses trâmites técnicos estarão sendo superados rapidamente e ele (o embaixador) vai trabalhar para que se possa acelerar a exportação dos insumos e vai nos atualizar da posição do governo e da produção e da possibilidade dessa antecipação da exportação de insumos para o nosso país", afirmou.

Maia negou que tenha tratado de datas para a chegada desses insumos e disse ter transmitido a preocupação da Câmara com a chegada da matéria-prima para a produção de vacinas no país tanto no Instituto Butantan quanto na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), justamente em um momento de uma segunda onda da Covid-19 mais forte e com perspectiva de maior demanda do sistema de saúde.

Questionado, o presidente da Câmara disse ter informações, de outras fontes que não o embaixador, que o governo brasileiro não procurou a embaixada chinesa para tratar da aceleração da liberação dos insumos.

De acordo com Maia, os dois também comentaram a participação da China no leilão de frequências da rede 5G no Brasil.

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