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Em dia de atos a favor do voto impresso, Bolsonaro volta a ameaçar eleição do ano que vem

1 ago 2021 - 17h46
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a contestar neste domingo --sem apresentar provas-- a confiabilidade do atual sistema de votação no país, defender a adoção do voto impresso para as urnas eletrônica e ameaçar a realização das eleições de 2022.

01/08/2021
REUTERS/Ricardo Moraes
01/08/2021 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

As declarações do presidente foram feitas durante manifestações em capitais brasileiras como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo em defesa de alterações da forma de votação. Bolsonaro não compareceu pessoalmente às manifestações, mas participou remotamente de algumas delas.

Sem se referir nominalmente ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, contrário à mudança, Bolsonaro avisou que não haverá pleito se não houver eleições limpas e disse que é "mentiroso" quem diz que o atual sistema é seguro e auditável.

"Vocês estão aí, além de clamar pela garantia da nossa liberdade, buscando uma maneira que tenhamos eleições limpas e democráticas no ano que vem. Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição", disse ele, no vídeo reproduzido da manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.

Não é a primeira vez que Bolsonaro coloca em dúvida a realização das eleições marcadas para o ano que vem, apesar de os presidentes do Senado e Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o próprio vice-presidente da República, Hamilton Mourão, já terem afirmado que não há risco de o pleito não ser realizado.

"Quem fala que ela (urna eletrônica) é auditada e segura, é mentiroso, não tem amor à democracia", disse. "Não vou entrar em provocações baratas, quero uma forma limpa de eleições", reforçou.

No discurso da Paulista, Bolsonaro citou que "uma pessoa" quer fazer sua vontade, mas destacou que a "vontade do povo tem que prevalecer".

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera o sistema de votação deve votar a matéria nesta semana. A tendência antes do recesso parlamentar era de que a PEC fosse rejeitada já na comissão.

Em baixa nas pesquisas para a reeleição de 2022 e acossado por críticas e investigações em razão do enfrentamento da CPI da Covid, Bolsonaro tem elevado o tom em relação ao sistema de votação pelo qual ele próprio se elegeu por várias deputado federal e, em 2018, presidente.

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