Em alegações finais ao Supremo, PGR pede condenação de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu, em alegações finais entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, a condenação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, e do empresário Ernesto Rodrigues.
A procuradora pede ainda a perda da função pública aos réus que detém cargo público --Gleisi é senadora.
Para a procuradora, os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro foram "devidamente comprovados" na instrução da ação penal que apura suposto pagamento de propina no valor de 1 milhão de reais para a campanha de Gleisi ao Senado em 2010 em esquema envolvendo a Petrobras.
Dodge também pede que os réus paguem, a título de reparação de "danos materiais e morais causados por suas condutas", 4 milhões de reais.
"Portanto, conforme já pleiteado na peça acusatória, levando-se em consideração o montante aceito e recebido pelos denunciados, a dignidade do cargo que ocupam, o reflexo do ato espúrio no âmbito interno e internacional, a envergadura dos atores das condutas espúrias, a procuradora-geral da República requer, como já solicitado no bojo da peça acusatória, que os denunciados sejam condenados à indenização por danos", diz a procuradora nas alegações finais.