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Doria espera em 48 horas resposta da China sobre liberação de insumos para CoronaVac

20 jan 2021 - 11h06
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quarta-feira que tem mantido contato com autoridades chinesas e espera em 48 horas uma resposta do governo da China favorável ao envio de matéria-prima usada no envase das doses da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, pelo Instituto Butantan.

Governador de São Paulo, João Doria, segura caixa da CoronaVac
07/01/2021
REUTERS/Amanda Perobelli
Governador de São Paulo, João Doria, segura caixa da CoronaVac 07/01/2021 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Em entrevista coletiva em São José dos Campos, onde acompanhou a vacinação contra Covid-19 na cidade, Doria disse que o governo estadual tem boa relação com o governo chinês e lembrou que sua gestão instalou um escritório de representação em Xangai para estreitar os laços com o país asiático.

"Ao longo desta semana, não apenas ontem, temos dialogado com a embaixada da China, com o consulado da China e com o governo chinês com o qual mantemos ótimas relações e sempre mantivemos... exatamente para termos a liberação dos novos insumos que o Instituto Butantan já encomendou ao laboratório chinês Sinovac e que estão prontos em Pequim para serem embarcados para São Paulo", afirmou.

"E temos boa expectativa. Esperamos que nas próximas 48 horas possamos ter uma posição do governo da China favoravelmente à liberação para a importação dos insumos da vacina do Butantan e espero que façam o mesmo também com a vacina da Fiocruz", acrescentou.

Em entrevista á Rádio Bandeirantes, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que existe também a possibilidade de Doria viajar à China para tratar da liberação dos insumos.

Em uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é desafeto político e provável adversário na eleição presidencial de 2022, Doria afirmou que o governo de São Paulo respeita a China e não promove o embate com os chineses.

Bolsonaro já criticou a CoronaVac, afirmando que ela não inspirava confiança por sua origem chinesa, e pessoas próximas ao presidente, como seu filho o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já fizeram duras críticas ao país asiático, que é o maior parceiro comercial do Brasil.

O Butantan depende da vacina concentrada vinda da Sinovac na China para envasar doses da CoronaVac, única vacina usada até agora no Programa Nacional de Imunização contra a Covid-19. O instituto já entregou cerca de 6 milhões de doses do imunizante ao PNI e tem prontas outros 4,8 milhões aguardando autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que envasará doses da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford, também depende de insumos importados da China.

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