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Dólar cai 0,53%, mas ainda ronda o nível de R$ 3,30

5 jul 2017 - 17h15
(atualizado às 17h30)
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Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas

O dólar não sustentou a alta exibida na primeira etapa dos negócios e fechou a quarta-feira em queda, mas ainda rondando a casa de R$ 3,30, influenciado por fluxo vendedor de recursos e após a vitória do governo na véspera com a aprovação da urgência para a votação da reforma trabalhista no Senado.

O dólar recuou 0,53%, a R$ 3,2926 na venda, depois de bater a máxima do dia em R$ 3,3312. O dólar futuro caía cerca de 0,50% no final da tarde.

"O exportador aproveitou o nível de preços e entrou vendendo, desmontando principalmente posições montadas no mercado futuro", explicou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

O fluxo de ingresso de recursos se somou ao clima mais positivo após o governo ter conseguido aprovar a urgência da reforma trabalhista no Senado, embora a cena política ainda inspirasse cautela nos agentes, após o presidente Michel Temer ser denunciado por crime de corrupção passiva com delações de executivos do grupo J&F. Assim, o dólar rondava o patamar de 3,30 reais há dias.

O mercado praticamente já embutiu nos preços a aprovação dessa reforma, mas o foco principal é o andamento da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

"O placar da reforma trabalhista foi bom (46 a 19 votos)", disse o operador da distribuidora de títulos e valores mobiliários Ourominas Ademar Vitor Pereira Mendes.

Os investidores também aguardavam a votação na Câmara dos Deputados da denúncia contra Temer, que dará aval ou não para o Supremo Tribunal Federal (STF) prosseguir com o processo. Na véspera, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) foi escolhido como relator da denúncia.

"Não era o preferido do Planalto para conduzir esse processo, mas está muito longe de ser um oposicionista ao governo Temer", afirmou a Coinvalores em relatório. "Ao que tudo indica, o presidente terá apoio suficiente para que o processo de denúncia não prospere."

A inversão da trajetória do dólar ante o real teve início antes da divulgação da ata do Federal Reserve e se manteve após o documento mostrar que as autoridades do banco central dos Estados Unidos mostraram-se divididas sobre o cenário para a inflação e como ela pode afetar o ritmo futuro de altas dos juros.

O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão, por ora. Em agosto, vencem US$ 6,181 bilhões em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares.

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