PUBLICIDADE

Dilma viaja ao Uruguai para participar de Cúpula do Mercosul

11 jul 2013 - 21h59
(atualizado às 22h03)
Compartilhar
Exibir comentários

A presidente Dilma Rousseff embarcou no começo da noite desta quinta-feira para Montevidéu, no Uruguai, para participar da 14ª Cúpula do Mercosul. A previsão é que Dilma chegue à capital uruguaia por volta das 22h.

Amanhã, o primeiro compromisso dos chefes de Estado do bloco será um café da manhã de trabalho. Em seguida, os presidentes farão a foto oficial do evento e darão início à reunião principal da cúpula.

Os líderes sul-americanos deverão aproveitar o encontro para definir uma resposta conjunta às denúncias de espionagem de dados pelo governo dos Estados Unidos e definir medidas efetivas para proteger a privacidade das comunicações no continente.

Também durante a cúpula, a presidência pro tempore do bloco será transmitida do Uruguai para a Venezuela. O país bolivariano foi admitido como membro pleno do Mercosul em julho de 2012.

Dilma participará da Cúpula do Mercosul acompanhada dos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota; da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; da Educação, Aloizio Mercadante; e da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas. Após a reunião, às 15h30, a presidente deve embarcar de volta ao Brasil.

Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.

Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.

Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.

O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.

Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal tambéminstaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.

Após as revelações, a ministra responsável pela articulação política do governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
Publicidade
Publicidade