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Rede vai pedir Segovia na CCJ por declarações sobre Temer

Diretor da PF disse que não há indício de crime e sugeriu que delegado responsável pode ser investigado por perguntas que fez ao presidente

14 fev 2018 - 15h10
(atualizado às 16h56)
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Fernando Queiroz Segovia Oliveira, diretor da Polícia Federal
Fernando Queiroz Segovia Oliveira, diretor da Polícia Federal
Foto: Reuters

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) anunciou que vai apresentar na próxima segunda-feira um requerimento para convocar o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, a fim de que ele explique declarações feitas em entrevista à Reuters que, entre outros pontos, indicaram que o chamado inquérito dos portos que envolve o presidente Michel Temer pode ser arquivado por falta de provas.

Na entrevista, o diretor-geral da PF disse que até o momento não há indício de crime contra Temer e ainda sugeriu que o delegado responsável pelo caso, Cleyber Malta Lopes, pode ser alvo de investigação interna pelas perguntas que ele fez ao presidente.

"No final a gente pode até concluir que não houve crime. Porque ali, em tese, o que a gente tem visto, nos depoimentos as pessoas têm reiteradamente confirmado que não houve nenhum tipo de corrupção, não há indícios de realmente de qualquer tipo de recurso ou dinheiro envolvidos. Há muitas conversas e poucas afirmações que levem realmente a que haja um crime", disse Segovia à Reuters na sexta-feira.

O requerimento de Molon é para que Segovia se manifeste na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

"Estou apresentando requerimento à CCJ a presença do mesmo para que tente explicar o que quis dizer ou pelo menos se retrate do absurdo que disse", afirmou Molon.

O deputado disse que, caso Segovia não atenda o requerimento, vai pedir a convocação do ministro da Justiça, Torquato Jardim, superior hierárquico do diretor-geral da PF a fim de "tentar desfazer o mal-estar" pelas declarações.

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