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Democracia é único caminho legítimo para o Brasil, diz presidente do Supremo

30 mai 2018 - 15h13
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A democracia é o único caminho legítimo para o Brasil, disse nesta quarta-feira a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, ao abrir sessão da corte manifestando o que chamou de "profunda preocupação, atenção e responsabilidade com o grave momento político, econômico e social experimentado pelos cidadãos brasileiros".

Presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia 01/02/2017 REUTERS/Adriano Machado
Presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia 01/02/2017 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A fala da chefe do Poder Judiciário acontece no 10º dia de manifestações de caminhoneiros em vários pontos do país, que tem gerado desabastecimento, embora a situação esteja menos grave do que em dias anteriores. Os protestos têm sido marcados por pedidos de intervenção militar por parte de alguns manifestantes. Diante disso, Cármen Lúcia fez uma defesa enfática da democracia.

"Não poderia deixar de acentuar que esta sessão e a atuação deste Supremo Tribunal Federal, no exercício de sua competência para julgar, é cumprida hoje com profunda preocupação, atenção e responsabilidade com o grave momento político, econômico e social experimentado pelos cidadãos brasileiros", disse.

"Lutamos e conquistamos a democracia, trabalhamos como órgão direta e soberanamente responsável pela sua manutenção e aperfeiçoamento permanente. Somos juízes a serviço do estado democrático de direito", acrescentou.

Sem citar diretamente o período que o Brasil foi governado por um regime militar, entre 1964 e 1985, a presidente do Supremo disse que não há escolhas de caminhos se não o da democracia, e disse que o passado autoritário não deve ser esquecido, mesmo que não se queira lembrar dele.

"A democracia não está em questão. Há questões sócio-políticas e financeiras na democracia também. Mas o Direito brasileiro oferece soluções para o quadro apresentado e agora vivido pelo povo brasileiro", garantiu.

"Regimes sem direito são passado de que não se pode esquecer, nem de que se queira lembrar... Não há escolha de caminho, a democracia é o único caminho legítimo", enfatizou.

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