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"Corrupção e impunidade são reais ameaças", diz general

19 abr 2018 - 12h24
(atualizado às 12h29)
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Em mensagem na abertura do Dia do Exército, ao lado do presidente Michel Temer, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que a banalização da corrupção, a impunidade e a ideologização dos problemas nacionais são a real ameaça à democracia e defendeu as eleições como a solução que o país precisa.

"Não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano, à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado, e à ideologização dos problemas nacionais. São essas as reais ameaças à nossa democracia e contra as quais precisamos nos unir efetivamente, para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade", afirmou o general na Ordem do Dia, mensagem assinada por ele e lida por um oficial.

Foto: Fátima Meira/Futura Press

"Nas eleições que se aproximam caberá à população definir de forma livre, legítima, transparente e incontestável a vontade nacional. Definido o resultado da disputa, unamo-nos como nação", continuou a mensagem do general.

As eleições, defendeu Villas Bôas, irão "agregar valores, engrandecer a cidadania e comprometer os governantes com as aspirações legítimas de seu povo", acrescentando que o Exército "acredita neste postulado".

A declaração de Villas Bôas ocorre duas semanas depois dele ter usado sua conta no Twitter para falar em repúdio à impunidade, na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal.

Em duas postagens, o general criticou a situação no país e disse que era preciso saber quem se preocupava com o bem do país e quem estaria apenas pensando em interesses particulares.

"Asseguro à nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia, bem como se mantém atendo às suas missões institucionais", escreveu.

As mensagens foram vistas na ocasião por alguns setores como uma forma de pressão sobre o STF e criaram reação dentro de setores conservadores do Exército, que viram a declaração do general como um incentivo a uma ação mais forte por parte dos militares.

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