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Corregedor pede que Moro explique suposta atividade política ao aceitar ministério

9 nov 2018 - 21h08
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O corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, instaurou nesta sexta-feira pedido de providências para que o juiz federal e futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, preste esclarecimentos sobre suposta atividade político-partidária ao aceitar convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para compor seu governo.

Sérgio Moro concede entrevista em Curitiba
 6/11/2018    REUTERS/Daniel Derevecki
Sérgio Moro concede entrevista em Curitiba 6/11/2018 REUTERS/Daniel Derevecki
Foto: Reuters

Martins, que atua no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), concedeu prazo de 15 dias para que Moro dê as explicações e deu o mesmo prazo para que a corregedoria regional do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) se manifeste sobre se existe no órgão alguma apuração no mesmo sentido sobre Moro.

Moro é responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância em Curitiba, incluindo os que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril na capital paranaense cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá.

O juiz entrou em férias e pedirá sua exoneração da magistratura somente em janeiro, antes de assumir o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública na gestão de Bolsonaro.

Martins unificou várias representações contra Moro no CNJ, entre elas realizadas por deputados e senadores do PT. Os parlamentares petistas argumentam que Moro agiu "mais uma vez, com parcialidade e sem a observância da legalidade" ao liberar, em plena campanha eleitoral, trechos da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

Sustentam, ainda, que Moro feriu, na avaliação dos petistas, o código de ética da magistratura ao, para eles, dedicar-se a atividades político-partidárias sem pedir exoneração do cargo de juiz.

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