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CoronaVac é mais eficaz com intervalo maior entre doses, diz estudo

Butantan enviou resultados da pesquisa para revista científica

12 abr 2021 - 09h20
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O Instituto Butantan divulgou neste domingo (11) os resultados finais de um estudo sobre a vacina anti-Covid CoronaVac, produzida pela Sinovac Biotech e pela própria instituição brasileira, e sugeriu que aplicar um intervalo maior entre as doses gera uma eficácia maior.

CoronaVac tem eficácia melhor com maior intervalo entre doses
CoronaVac tem eficácia melhor com maior intervalo entre doses
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Segundo os dados publicados, o imunizante tem eficácia primária (considerando todas as pessoas sintomáticas) de 50,7% - um pouco acima do divulgado em dezembro e janeiro, que era de 50,38%. No entanto, a eficácia global foi de até 62,3% quando os intervalos foram iguais ou superiores a 21 dias entre a primeira e a segunda dose.

"Os resultados também apontaram que para os casos que requerem assistência médica a eficácia da vacina variou entre 83,7% e 100%, quando o estudo preliminar que subsidiou a autorização do uso emergencial do imunizante no país indicava entre 78% e 100%", diz a nota do Instituto Butantan.

Outro ponto positivo do estudo é de que a CoronaVac conseguiu ser eficaz contra as variantes brasileiras P.1 e P.2 do coronavírus Sars-CoV-2. De acordo com os cientistas, isso ocorre porque ela é feita com vírus inativado.

"Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona. Não resta nenhuma sombra de dúvida sobre a qualidade do imunizante", afirma o diretor do Butantan, Dimas Covas.

Os resultados publicados neste fim de semana foram encaminhados para revisão e publicação da revista científica "The Lancet", uma das mais importantes do mundo.

Participaram da pesquisa 12.396 pessoas entre os dias 21 de julho e 16 de dezembro em 16 centros de pesquisa brasileiros.

Desse total, houve 9.823 participantes que receberam as duas doses e todos receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo.

A CoronaVac representa cerca de 80% dos imunizantes anti-Covid aplicados em todo o país - os 20% restantes são da Vaxzevria, da Universidade de Oxford/AstraZeneca e que no Brasil é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz.

Conforme os dados do governo do Estado de São Paulo, já foram distribuídas 38,2 milhões de doses da vacina e a previsão até 30 de agosto é entregar as 100 milhões de doses previstas em contrato.

O portal Covid-19 no Brasil (https://coronavirusbra1.github.io/), que monitora a aplicação das vacinas, informa que já foram administradas 23,3 milhões de doses no país e que pouco mais de 7 milhões já receberam as duas doses. .

Ansa - Brasil   
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