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Coordenador de Haddad promete campanha propositiva e diz que debaterá propostas de Bolsonaro

28 set 2018 - 14h01
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Um dos coordenadores da campanha presidencial do petista Fernando Haddad, José Sérgio Gabrielli, disse que a campanha seguirá "propositiva", ao ser indagado nesta segunda-feira sobre a estratégia de não realizar ataques contundentes contra Jair Bolsonaro (PSL), e que, num segundo turno, as propostas do rival serão debatidas.

Presidential candidate Fernando Haddad of the Workers Party (PT) attends a rally in Canoas, Brazil September 27, 2018. REUTERS/Diego Vara - RC153A44A560
Presidential candidate Fernando Haddad of the Workers Party (PT) attends a rally in Canoas, Brazil September 27, 2018. REUTERS/Diego Vara - RC153A44A560
Foto: Reuters

"Nós temos um projeto para o país. O país já experimentou o que é colocar o povo no centro da política econômica", disse Gabrielli, que foi presidente da Petrobras durante governos petistas, em entrevista coletiva em Belo Horizonte.

"Na campanha eleitoral nós somos propositivos. Vamos continuar propositivos, vamos continuar apresentando propostas para o país, porque o povo quer paz, quer soluções para os seus problemas", acrescentou.

Gabrielli disse que, na reta final da campanha, Haddad deve concentrar suas aparições na Região Sudeste e, quando indagado sobre um provável segundo turno contra Bolsonaro, disse que a campanha petista buscará mostrar o impacto das propostas do presidenciável do PSL e de seus aliados sobre a população.

"Nós acreditamos que o segundo turno vai revelar claramente duas propostas para a sociedade brasileira. Por exemplo, o vice do Bolsonaro deu uma declaração, que foi desmentida pelo Jair Bolsonaro, contra o décimo terceiro salário, contra os direitos trabalhistas. Nós somos radicalmente contra esse tipo de coisa", disse Gabrielli.

Na quarta-feira, durante palestra a empresários em Uruguaiana (RS), o candidato a vice de Bolsonaro, general da reserva Hamilton Mourão, classificou o décimo terceiro salário de uma "jabuticaba" brasileira e também fez comentários sobre o adicional de férias previsto na legislação.

Os comentários foram posteriormente desautorizados por Bolsonaro em uma rede social, e Mourão afirmou que suas declarações foram tiradas do contexto. [nL2N1WD1DH]

"Vamos discutir como as propostas do adversário rebatem na vida das pessoas. E essas propostas desses adversários estão sendo claramente rejeitadas pelas pessoas que conhecem as propostas", disse Gabrielli.

"O problema é que o candidato não fala muito. Quando nós pegamos algumas propostas colocadas por ele, são propostas de barbárie, são propostas de destruição da sociedade brasileira", disparou.

Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto na eleição de outubro tendo Haddad na vice-liderança. Simulações de segundo turno apontam vantagem do petista sobre o postulante do PSL, ao mesmo tempo que indicam desvantagem de Haddad num eventual duelo contra Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

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