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Com ausência de Bolsonaro, líderes latinos parabenizam Biden

Presidente brasileiro ainda não se manifestou sobre eleições

8 nov 2020 - 09h35
(atualizado às 10h12)
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A eleição do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi saudada pela maior parte dos líderes dos principais países da América Latina entre este sábado (7) e domingo (8). Com exceção de Brasil e México, líderes de direita e da esquerda parabenizaram o novo mandatário.

Joe Biden atuou por 8 anos como responsável do governo Obama pelas relações com a América Latina
Joe Biden atuou por 8 anos como responsável do governo Obama pelas relações com a América Latina
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Chefe de Estado da maior nação latina, Jair Bolsonaro ainda não se manifestou oficialmente - nem o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre a vitória do democrata. Ambos sempre apoiaram publicamente a reeleição do republicano Donald Trump, com quem tinham um inédito alinhamento automático nas relações internacionais.

No entanto, se Bolsonaro não se manifestou publicamente, diversos deputados, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, senadores e governadores - bem como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer usaram as redes sociais para parabenizar Biden.

Na vizinha Argentina, o presidente Alberto Fernández usou o Twitter para falar sobre o resultado e disse que parabenizava o povo norte-americano "pelo recorde de participação nas eleições, uma clara expressão da vontade popular".

"Saúdo Joe Biden, próximo presidente dos Estados Unidos, e a Kamala Harris, que será a primeira vice-presidente mulher desse país", postou neste sábado.

O mandatário do Uruguai, Luiz Alberto Lacalle Pou, também usou as redes sociais para parabenizar Biden e Harris pela vitória e para afirmar que "trabalharemos para fortalecer as relações entre nossos países para o bem de nosso povo".

Mesma linha foi adotada pelo líder chileno, Sebastián Piñera, que ressaltou que "Chile e Estados Unidos compartilham valores como a liberdade, a defesa dos direitos humanos e desafios como a paz e a proteção do meio ambiente".

O presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, postou em seu Twitter as congratulações para Biden e Harris, destacando o fato de que a senadora será a primeira mulher a ocupar o cargo, e "desejando os melhores êxitos para sua gestão". "Trabalharemos juntos para fortalecer a agenda comum no comércio, meio ambiente, segurança e contra o crime internacional", pontuou.

O mandatário eleito da Bolívia, Luis Arce, que toma posse neste domingo, usou as redes sociais pouco antes de assumir oficialmente o cargo para parabenizar Biden.

"O povo estadunidense participou de eleições democráticas que elegeram Joe Biden como presidente e Kamala Harris como primeira mulher vice-presidente. Com um novo governo, desejamos melhores relações que se traduzam em bem-estar de nossos povos", escreveu Arce.

Até mesmo o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se manifestou pela eleição do democrata neste sábado, dizendo estar "pronto para o diálogo".

"Parabenizo o povo estadunidense pelas eleições presidenciais. Também felicito por sua vitória o presidente eleito, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris. Venezuela, a pátria do libertador Simón Bolívar sempre está disposta para o diálogo e para o entendimento com o povo e o governo dos Estados Unidos", disse Maduro, que tinha um governo não reconhecido por Trump.

Quem também se manifestou foi o autoproclamado líder venezuelano, Juan Guaidó, que desejou um bom governo e lembrando que terá o apoio da nova administração "para libertar" a Venezuela.

Dissonante dos líderes latinos, o presidente do México, Manuel Lopez Obrador, se manifestou pelas redes sociais, mas disse ser "muito cedo" para parabenizar Biden. "Vamos esperar até que todas as questões legais sejam resolvidas. Não queremos ser imprudentes", disse o mandatário.

Diferentemente de Trump, o novo presidente deve ter um "olhar" mais próximo aos países latinos por conta da longa relação que tem com a região. Durante o período em que foi vice-presidente no governo de Barack Obama, Biden era o responsável pelas relações com as nações da América Latina - tendo viajado para a área por 16 vezes (um recorde para um governo da Casa Branca).

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Ansa - Brasil   
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