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Ciro se coloca como alternativa aos "extremos" Bolsonaro e PT

17 set 2018 - 11h57
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O pedetista Ciro Gomes tenta se colocar como uma alternativa "aos extremos" representados pelo candidato do PT, Fernando Haddad, e pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e afirmou nesta segunda-feira que é preciso "dar um tempo para os extremos".

Presidential candidate Ciro Gomes of the Democratic Labour party (PDT) talks with his supporters during a campaign rally in Sao Paulo, Brazil, September 16, 2018. REUTERS/Nacho Doce - RC1440B4A370
Presidential candidate Ciro Gomes of the Democratic Labour party (PDT) talks with his supporters during a campaign rally in Sao Paulo, Brazil, September 16, 2018. REUTERS/Nacho Doce - RC1440B4A370
Foto: Reuters

"O que estou falando é exatamente isso, de a gente dar um tempo para os extremos, separar os extremos, dar uma oportunidade para quem tem capacidade de dialogar, de botar a bola no meio de campo. Tem muita canelada, não é possível que a gente não se reúna como nação em torno das coisas graves", disse Ciro na manhã desta segunda-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes. "Construir um caminho entre essa polarização é muito difícil, é serviço pesado."

Ciro coloca o surgimento de Bolsonaro como candidato como resultado de uma "confrontação violenta" que surgiu entre oposição e governo quando o PSDB não reconheceu o resultado eleitoral de 2014 depois de ter perdido a eleição para Dilma Rousseff.

"Essa confrontação violenta produziu Bolsonaro. Bolsonaro representa um protesto, uma indignação, que eu considero respeitável. Mas a proposta que ele, com Paulo Guedes, com esse general jumento de carga que ele escolheu para vice, que está explicitamente propondo um golpe de Estado...", disse.

"Eu vou dar de tudo que eu tiver, que eu puder dar para ajudar o povo brasileiro de não cair nesse precipício de nos obrigar a escolher os extremos. Nós temos que sair pelo caminho do diálogo, da possibilidade do diálogo para conversar com os brasileiros todos depois da eleição para consertar a situação, que não é fácil."

Ciro coloca nos extremos Bolsonaro, de um lado, e Haddad, de outro, apesar de reservar as críticas mais duras ao candidato do PSL. O pedetista lembrou que em sua primeira fala a eleitores depois de ter sido atacado há 10 dias em Minas Gerais, Bolsonaro apareceu "contestando previamente o resultado eleitoral".

No vídeo, o candidato do PSL diz ter medo de perder uma eleição fraudada e afirma que o PT pode fraudar as urnas eletrônicas.

Em Haddad, Ciro tenta colar a pecha de inexperiente. Diz que o petista, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, não conhece o Brasil.

"Eu tenho que ser delicado porque sou amigo dele. Mas o problema é a inexperiência", disse Ciro, acrescentando depois: "Haddad até conhecer o país todo, Bolsonaro já passou por cima dele."

Em pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, lidera a disputa pela Presidência com 28,2 por cento de apoio, à frente de Fernando Haddad (PT), com 17,6 por cento.

A seguir aparecem os candidatos Ciro Gomes (PDT), com 10,8 por cento; Geraldo Alckmin (PSDB), com 6,1 por cento e Marina Silva (Rede), com 4,1 por cento. João Amoêdo (Novo) tem 2,8 por cento; Alvaro Dias (Podemos) tem 1,9 por cento; e Henrique Meirelles (MDB) tem 1,7 por cento.

Na última pesquisa DataFolha, divulgada na sexta-feira, Ciro aparecia empatado com Haddad em 13 por cento das intenções de voto, enquanto Bolsonaro, está em primeiro com 26 por cento. Em relação à pesquisa anterior, Ciro manteve o mesmo índice, enquanto Haddad, que começa a herdar votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, subiu de 9 por cento para 13 por cento.

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