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Ciro critica situação fiscal "deplorável" e promete que não haverá ruptura de contratos

20 jul 2018 - 14h25
(atualizado às 16h40)
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O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou o quadro fiscal "deplorável" do país, disse que é preciso debater com a população de onde sairá o dinheiro para realizar as ações necessárias para "virar o jogo" da situação que o país se encontra e prometeu que não haverá quebra de contratos.

Ciro Gomes durante convenção nacional do PDT em Brasília, onde foi formalizado como candidato à Presidência da República
20/07/2018
REUTERS/Ueslei Marcelino
Ciro Gomes durante convenção nacional do PDT em Brasília, onde foi formalizado como candidato à Presidência da República 20/07/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"É preciso colocar também em debate uma outra agenda, muitas vezes omitida da consciência e do debate popular, mas que é indispensável, à medida que nós precisamos responder, com seriedade, de onde virá o dinheiro para fazer o Brasil virar esse jogo", disse Ciro em discurso, após ser aclamado candidato em convenção nacional do PDT.

"O Brasil está em uma situação de contas públicas, uma situação fiscal absolutamente deplorável. Essa gente quebrou nosso país a pretexto de austeridade. Nunca o Brasil esteve tão fragilizado nas suas contas públicas", afirmou.

Mencionando um rombo de 150 bilhões de reais neste ano nas contas públicas --a meta oficial do déficit primário para o governo central é 159 bilhões de reais--, Ciro reclamou do grande volume de dinheiro usado para pagar os juros da dívida pública.

"Somente com juros para a agiotagem oficialmente protegida pelo governo... se gastaram, nos últimos 12 meses, 380 bilhões de reais, 380 bilhões de reais entregues a meia dúzia de plutocratas do baronato financeiro", disse.

Ciro criticou ainda a alta dívida do setor público, que chega, segundo último dado disponível, a 77 por cento do Produto Interno Bruto. Mas garantiu que a solução para o alto endividamento público não virá por meio de "aventura" ou "desrespeito" aos contratos.

"Aqui, naturalmente, haveremos de ser severos, mas temos que ter clareza, não cabe aventura, nem ruptura, nem desrespeito aos contratos. Isso nunca resolveu problema de nação nenhuma."

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