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'Vamos apurar e cortar na própria carne', diz ministro da Defesa sobre 80 tiros em veículo no Rio

Segundo o ministro, os militares foram ouvidos pela Polícia Civil e foi constatado que as "normas de engajamento" não foram seguidas e, por isso, eles foram presos; músico foi sepultado na manhã desta quarta-feira

10 abr 2019 - 12h32
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BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, classificou como "lamentável e triste incidente" a ação dos militares no Rio de Janeiro que resultou em 80 disparos contra um veículo onde estava uma família. No carro estavam o músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, e sua família. Evaldo morreu no local e duas pessoas ficaram feridas. O corpo do músico foi sepultado na manhã desta quarta-feira, 10, cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio.

"Lamentável Incidente. Foi um incidente, vamos apurar e cortar na própria carne", disse o ministro, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

No último domingo, dez militares dispararam mais de 80 tiros contra um veículo em Guadalupe, zona norte do Rio. O carro foi supostamente confundido com outro automóvel no qual estariam criminosos.

Segundo o ministro, os militares foram ouvidos pela Polícia Civil e foi constatado que as "normas de engajamento" não foram seguidas e, por isso, eles foram presos. "Lamentável, triste, mas fato isolado em relação às ações que os miliares atuam", concluiu o ministro.

Ontem, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, classificou como "incidente" o fuzilamento carro de uma família no Rio de Janeiro. Questionado se o presidente Jair Bolsonaro fez algum tipo de manifestação de pesar pela morte de uma das vítimas, o músico Evaldo Rosa dos Santos, o porta-voz negou. "Não, não fez", respondeu.

Estadão
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