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Tremores próximos a arquipélago podem se repetir, mas não trazem riscos

Terremoto foi registrado na última sexta-feira no Oceano Atlântico, próximo ao arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 816 quilômetros de Fernando de Noronha. Apesar de ter sido considerado forte, tremor não traz risco à costa brasileira

22 set 2020 - 17h27
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RECIFE - Um tremor no Oceano Atlântico, próximo ao arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 816 quilômetros de Fernando de Noronha, foi detectado na noite da sexta-feira, 18. O terremoto atingiu a magnitude 6.9 na escala Richter, o que é considerado forte. Apesar da previsão de novos tremores nos próximos dias, especialistas esclarecem que o tipo de movimentação é considerado comum e não oferece risco em razão da sua característica.

O terremoto foi detectado pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis-UFRN). Outro forte tremor, de magnitude 6.5, já havia sido registrado no dia 30 de agosto. "Tremores assim acontecem constantemente ali, mas eles não oferecem riscos à costa brasileira, porque estão a muitos quilômetros de distância. Não tenho notícia, inclusive, de que tenham sido sentidos em São Pedro e São Paulo e nem na ilha de Fernando de Noronha", explicou o mestre em geofísica e sismólogo do Labsis, Eduardo Menezes.

A Rede Sismográfica Brasileira informou que o movimento que gerou o tremor aconteceu horizontalmente entre duas faixas de terra, sendo caracterizado como "transcorrente", e que, por isso, não há risco de tsunami na região, já que os tremores que podem acarretar tsunamis são os que ocorrem de forma vertical. Segundo a Defesa Civil do Estado de Pernambuco, Estado ao qual o território de Fernando de Noronha é anexado, não houve danos à população e nem à estrutura da ilha.

O tremor ocorreu a 1.193 km de Natal, a 1.338km de Recife e a 1.405km de Fortaleza e foi do mesmo tipo dos que vem ocorrendo nos últimos dias na costa brasileira, em cidades como Caruaru, no agreste pernambucano. "Esses eventos são resultados do afastamento das placas sul-americana e africana. Esse movimento será sempre horizontal, justamente porque as placas estão se afastando", afirmou a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) pelo Twitter.

Desde o início de agosto, o Labsis-UFRN também contabilizou 296 tremores na cidade de Caruaru, em Pernambuco. Somente na última segunda-feira, 21, foram registrados treze eventos sísmicos no município. No domingo, 20, dois tremores de magnitude 1.8 ocorreram no final da tarde e à noite. Não há registros de moradores que sentiram ou escutaram os tremores. O LabSis informa que, desde os primeiros tremores de terra, vem intensificando o monitoramento em tempo real da região.

Estadão
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