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SP: manifestantes passam noite na Câmara de São José do Rio Preto

12 jul 2013 - 15h20
(atualizado às 15h35)
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Grupo pede apoio da população, com inclusão de novas reivindicações na pauta que será entregue aos vereadores
Grupo pede apoio da população, com inclusão de novas reivindicações na pauta que será entregue aos vereadores
Foto: Chico Siqueira / Especial para Terra

Dezenas de manifestantes que ocuparam o prédio da Câmara Municipal de São José do Rio Preto (SP) na noite de quinta-feira dormiram no local e prometem continuar com a ocupação até que os vereadores atendam às reivindicações. O presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), que está em viagem, mandou avisar que só vai atendê-los na segunda-feira.

A pauta de reivindicações é extensa. Até as 14h, ela já tinha 12 itens, e este número poderá aumentar porque os manifestantes, jovens do grupo "Vergonha Rio Preto", estão pedindo para a população engrossar a pauta, apresentando novos pedidos. Entre as exigências estão o fim do recesso parlamentar, a participação da população nas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), desconto proporcional das faltas dos vereadores nos seus vencimentos, aberturas de CPIs em quatro secretarias do município e reforma administrativa da Casa.

Antes de ocupar a Câmara, os manifestantes participaram de um ato de protesto na noite de quinta-feira, fecharam a avenida Alberto Andaló, uma das principais da cidade, por cerca de duas horas, e depois invadiram o saguão da Câmara, onde fixaram faixas e cartazes e estenderam colchonetes e dormiram. A Guarda Municipal acompanhou a movimentação e impediu que mais manifestantes entrassem no prédio para dormir. Com isso, 25 deles pernoitaram no local.

Na manhã desta sexta-feira, com a abertura da Câmara, alguns deles fizeram revezamento e outros saíram pelas ruas próximas, parando carros, para pedir trocados para comprar alimentos. "Estamos pedindo para os motoristas nos ajudarem e pedindo à população que venham até a Câmara para apresentar suas reivindicações. E nós só vamos deixar a ocupação quando as reivindicações forem atendidas. Pode durar uma semana, duas semanas, um mês, dois meses, o tempo que for necessário", afirmou o professor José Paulo Dias, um dos líderes da ocupação.

Por enquanto, os manifestantes, cerca de 30 deles, estão acampados no saguão da Câmara, mas a assessoria de imprensa da Casa informou que a presidência liberou o plenário para que eles possam fazer reuniões. Segundo a assessoria, a expectativa é de que a ocupação deva continuar pelos próximos dias, porque não houve consenso sobre uma reunião entre vereadores e os manifestantes. A intenção é esperar a chegada do presidente da Câmara, Paulo Pauléra, para que a pauta dos manifestantes seja apresentada.

Greve geral
Milhões de trabalhadores prometem cruzar os braços e paralisar serviços fundamentais como bancos, indústria, obras, transporte público e construção civil em várias cidades. Entre as entidades que aderiram a paralisação nacional estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE). 

Chamado pelos sindicatos de greve geral, o movimento - que pegou carona na onda de protestos que atingiu diversas cidades brasileiras em junho - é o quarto desse tipo em 190 anos, desde a Independência (7 de setembro de 1822). Em 2013, a novidade é a unificação dos sindicatos e movimentos sociais em uma pauta que cobra o avanço do Brasil.

 

Fonte: Especial para Terra
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