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SP: após greve, Haddad ameaça descredenciar empresas de ônibus

4 set 2013 - 20h24
(atualizado às 20h40)
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira que a prefeitura pode descredenciar as duas empresas de ônibus cujos funcionários entraram em greve na manhã desta quarta-feira
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira que a prefeitura pode descredenciar as duas empresas de ônibus cujos funcionários entraram em greve na manhã desta quarta-feira
Foto: Heloisa Ballarini /SECOM / Divulgação

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta quarta-feira que a prefeitura pode descredenciar as duas empresas de ônibus cujos funcionários entraram em greve na manhã desta quarta-feira, OAK Tree e Itaquera Brasil, que operam na zona oeste e leste, respectivamente. 

Os funcionários da OAK Tree, no Jaguaré, estão em greve desde sábado por problemas trabalhistas. A garagem abriga nove linhas, com 83 carros. Já os da Itaquera Brasil paralisaram o serviço da madrugada de hoje até por volta das 10h30. A empresa possui 24 linhas, com 330 ônibus. Cerca de 3 mil funcionários cruzaram os braços reclamando da falta de pagamento de horas extras. 

Segundo a prefeitura da capital paulista, mais de 200 mil usuários foram prejudicados pela paralisação da Viação Itaquera. 

“Nós temos duas empresas, a Oak Tree, na zona oeste, e a Itaquera Brasil, na zona leste, que vêm dando problemas desde o começo do ano. Todas as empresas de São Paulo estão recebendo religiosamente de acordo com o contrato assinado e não há justificativa para o direito dos trabalhadores não estar sendo respeitado. Então, o que recomendei ao secretário (de Transportes de São Paulo) Jilmar Tatto é, em função da reincidência, buscar definitivamente uma solução, seja pela substituição dessas empresas, seja pela mudança de linha para outros consórcios. Eu penso que nós chegamos a um ponto limite de tolerância”, afirmou Haddad.

Segundo o prefeito, um contrato emergencial pode ser feito para o serviço de ônibus em Itaquera. “A ideia preliminar, nós vamos ver a viabilidade jurídica disso, é reincidir e trazer para 2014 todos os contratos (vencem em 2017). Porque aquela (Itaquera) é a única área que está descasada do resto do sistema. Ao invés de ter uma única área com contrato até 2017, nós faríamos a rescisão em função do fato que ela não tem condições de operar e faríamos um emergencial nos moldes dos que foram feitos nas outras sete áreas, fixando a mesma data para que todos vençam. E nós podermos de posse dos dados da auditoria, fazer essa licitação, com essa retaguarda ou não dessa empresa pública”, disse Haddad.

Empresa municipal de ônibus

Haddad afirmou também que a prefeitura estuda criar uma companhia municipal de ônibus, que atue em casos de emergência, como os registrados hoje. “Será um Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) aperfeiçoado”, disse.

Segundo Haddad, o plano para a implementação da empresa já está em andamento. “É um estudo que eu já encomendei (ao Jilmar Tatto, secretário municipal de Transportes)."

Segundo o prefeito, a medida poderia ser tomada já no próximo ano. “Já tivemos reunião com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social) para saber da viabilidade técnica.”

Reforço na frota

De acordo com a SPTrans, a frota de ônibus da área 8, na zona oeste da cidade, atendida pela OAK Tree, foi reforçada pela operação Paese. 

Segundo a SPTrans, a partir desta tarde, a frota em operação é equivalente a 75% da original da empresa Oak Tree, ante os 50% que vinham sendo adotados até o momento. 

Fonte: Terra
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