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Cidades

Seis jiboias enviadas pelos Correios são apreendidas em SP

Destinatários da encomenda foram multados em R$ 107 mil e vão responder por maus tratos aos animais; polícia investiga tráfico de animais

28 nov 2018 - 00h32
(atualizado às 10h53)
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Seis cobras adultas da espécie jiboia, embaladas e despachadas do Estado do Pará pelos Correios, foram apreendidas nesta segunda-feira, 26, em Taubaté, interior de São Paulo. Nas duas caixas que serviam como embalagens foram encontrados também quatro lagartos e três tarântulas, espécie de aranha. Os dois destinatários da encomenda foram multados em R$ 107 mil e vão responder por maus tratos aos animais. A Polícia Civil vai investigar uma possível rede de tráfico de animais silvestres.

De acordo com a Polícia Civil, funcionários dos Correios suspeitaram do conteúdo da mala postal ao passarem as caixas pelo aparelho de raio-x. Ao abrirem a correspondência, viram que havia carga viva e entraram em contato com a Polícia Militar Ambiental. Os animais estavam confinados em sacos de plástico especial. A remessa havia sido postada no último dia 19 de um endereço do Pará que, agora, será investigado.

Forma de acondicionamento indica que os autores da postagem tinham conhecimento sobre as condições de sobrevivência dos animais
Forma de acondicionamento indica que os autores da postagem tinham conhecimento sobre as condições de sobrevivência dos animais
Foto: Polícia ambiental/Divulgação / Estadão Conteúdo

Conforme a polícia, a forma de acondicionamento dos espécimes indica que os autores da postagem tinham conhecimento sobre as condições de sobrevivência desses animais. A suspeita é de que sejam praticantes contumazes do tráfico de animais. Os destinatários eram moradores dos bairros Jardim Paulista e Vila São Geraldo e não tinham autorização de órgão ambiental para criar ou comercializar animais silvestres.

Eles foram levados para o plantão da Polícia Civil e liberados depois de serem ouvidos. Além da multa de R$ 53,8 mil cada, eles vão responder por maus tratos, cativeiro e comércio ilegal de animais silvestres. Os animais foram levados para uma sede do Ibama para serem soltos na natureza em suas regiões de ocorrência natural.

Os Correios informaram em nota que adotam ações, em conjunto com órgãos de fiscalização, para combater o envio e o recebimento de conteúdos ilícitos, acionando os órgãos competentes sempre que são encontrados.

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