Devido ao grande número de haitianos que chegou a capital paulista nas últimas semanas, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo informou que estão sendo tomadas medidas de urgência para atender à população de imigrantes deslocados do Acre desde o dia 10 de abril.
Na paróquia Nossa Senhora da Paz, no bairro do Glicério, onde estão concentrados a maioria dos haitianos recém-chegados, a Supervisão de Saúde da Sé está prestando atendimento aos imigrantes diretamente na Missão Paz. A secretaria ainda auxilia o trabalho da Missão Paz desde quinta-feira, com o fornecimento de colchões e alimentação, além de disponibilizar vagas nos albergues da Rede.
A força-tarefa organizada pela prefeitura de São Paulo para emitir carteira de trabalho imediatamente aos haitianos que não possuíam o documento beneficiou 90 imigrantes, o que possibilita encaminhamento para vagas de emprego. A ação começou na sexta-feira.
A prefeitura de São Paulo deverá se reunir com o Ministério da Justiça na próxima semana para buscar diretrizes conjuntas de inserção social dessa população no Brasil "de forma planejada e estruturada", conforme a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. "Para além das ações emergenciais, o objetivo é garantir dignidade e segurança para os imigrantes, de forma coerente com a linha da política de migração do município de São Paulo", afirmou, em nota, a secretaria.
Imigrantes haitianos que saíram do Acre estão na igreja Nossa Senhora da Paz, em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Desde o fechamento do abrigo para haitianos em Brasileia, no Acre, no início deste mês, a igreja, que mantém um centro de acolhimento, vem recebendo uma quantidade muito superior ao que era comum
Foto: Alan Morici / Terra
Hoje teve início um mutirão do MTE para acelerar a emissão de Carteiras de Trabalho dos imigrantes
Foto: Alan Morici / Terra
A Casa do Migrante, centro de acolhida da igreja, tem capacidade para 110 pessoas, e está com 120 estrangeiros. Pessoas de outras nacionalidades, que estavam no abrigo, também continuam no local
Foto: Alan Morici / Terra
As salas de aula e o salão de festas da paróquia estão servindo de espaços para acolhimento
Foto: Alan Morici / Terra
Representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça Trabalhista e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fizeram visita técnica, nesta sexta-feira, à igreja
Foto: Alan Morici / Terra
De acordo com o padre Paolo Parise, diretor do Centro de Estudos Migratórios (CEM), desde o último dia 12 chegaram mais de 450 haitianos, metade do total de imigrantes registrados pela paróquia nos primeiros três meses do ano
Foto: Alan Morici / Terra
Grande parte dos haitianos chegou a São Paulo com passagens pagas pelo governo acriano
Foto: Alan Morici / Terra
Para conhecer a situação trabalhista dos haitianos que estão se deslocando ao interior do Estado, o MPT vai mapear o encaminhamento desses trabalhadores
Foto: Alan Morici / Terra
Além de refeições e lugares para dormir, os haitianos recebem orientações e encaminhamento trabalhista