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'Se não fosse a polícia, a destruição poderia ser bem maior', diz Alckmin

Governador respalda ação da Polícia Militar na repressão ao protesto, mas garante que eventuais abusos serão investigados

14 jun 2013 - 12h45
(atualizado às 18h30)
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<p>Policiais disparam contra manifestantes no cruzamento das ruas Maria Antônia com Consolação</p>
Policiais disparam contra manifestantes no cruzamento das ruas Maria Antônia com Consolação
Foto: Bruno Santos / Terra

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, respaldou nesta sexta-feira, em entrevista à Globo News, a ação da Polícia Militar na repressão aos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade. Apesar de admitir que "eventuais abusos da polícia serão investigados com rigor", Alckmin relatou que a ação foi justificada pelo "rastro de destruição" provocado pelos manifestantes, que, se não fossem contidos, poderiam causar maiores danos ao patrimônio e colocar em risco a segurança da população. "Se não fosse a polícia, a destruição poderia ser bem maior", disse.

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Segundo Alckmin, a manifestação da noite de quinta-feira foi "deliberadamente violenta" e teria motivações políticas por trás da reivindicação de redução no preço das passagens. "É uma minoria que faz o trabalho político, e não é só em São Paulo, é generalizado, cuja marca dessa minoria tem sido a violência", acusou. Questionado sobre a postura da polícia nos protestos que estão programados para os próximos dias, o governador afirmou que não haverá mudanças. "A orientação sempre é garantir o direito de ir e vir da população, preservar o patrimônio, garantir a segurança das pessoas. A polícia faz isso todo dia. Nós temos manifestações em São Paulo permanentemente. Agora uma coisa é manifestação, outra coisa é vandalismo. (...) O que é inaceitável é violência, destruição do patrimônio, colocar as pessoas em risco. E isso a polícia não pode aceitar", declarou.

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PM quebra propositalmente vidro da própria viatura durante protesto:

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

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Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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