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RS: protesto por redução de passagem é marcado por tensão com PMs

Presença de cavalos de policiais foi criticada por jovens que pediam redução da passagem para R$ 2,60

23 abr 2013 - 21h48
(atualizado às 22h09)
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Manifestantes usaram varas de bambu e mastros de bandeira durante o protesto - segundo a PM, objetos foram usados para provocar os cavalos da corporação
Manifestantes usaram varas de bambu e mastros de bandeira durante o protesto - segundo a PM, objetos foram usados para provocar os cavalos da corporação
Foto: Fernando Diniz / Terra

Jovens voltaram às ruas de Porto Alegre (RS) na noite desta terça-feira em um novo protesto por mais uma redução na passagem de ônibus, que atualmente custa R$ 2,85. A manifestação fechou a avenida Mauá, importante via do centro da cidade, e foi marcada pela tensão de participantes com a presença da Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha).

Porto Alegre vive uma série de protestos pela redução da passagem desde o final de março, quando o valor foi elevado de R$ 2,85 para R$ 3,05. No dia 1º de abril, uma passeata chegou a reunir cerca de 5 mil manifestantes. Três dias depois, uma liminar da Justiça suspendeu o aumento.

O protesto desta noite tinha como mote a redução da passagem para R$ 2,60, redução que, segundo os manifestantes, é possível com o aval do Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul. "Nossa luta é pelos R$ 2,60, porque nossa passagem tem sido cobrada errada desde 2008. O Tribunal de Contas disse publicamente isso", afirmou Caroline Lima, do movimento Contestação, ligado ao Psol.

Apesar de numericamente menor que as manifestações anteriores - a PM estimou em cerca de 300 manifestantes -, o protesto provocou transtornos no trânsito para quem tentava deixar o centro da cidade pela avenida Julio de Castilhos. Os manifestantes foram até a rodoviária e retornaram pela avenida Mauá, bloqueando a via.

Durante o trajeto, manifestantes se envolveram em um princípio de tumulto com policiais a cavalo, que faziam um cordão de isolamento nas laterais da passeata. Alguns dos participantes utilizavam varas para tentar afastar a tropa dos policiais, o que acabou atiçando os animais. Segundo a Brigada Militar, os cavalos foram utilizados para evitar pichações em prédios públicos, o que ocorreu em manifestações anteriores.

"Usamos os cavalos para evitar a pichação e a depredação do patrimônio público, o que não aconteceu até agora. Em tudo que é lugar civilizado se utiliza os cavalos. Nós utilizamos para deslocar torcidas. Está todo mundo liberando o trânsito para a livre manifestação, mas também temos que resguardar o patrimônio", disse o major André Luiz Córdova. "Eles cutucaram os cavalos com as varas. O cavalo é um animal. Ele responde à agressão. Meu colega ali foi agredido e não reagiu", afirmou, apontando para um PM com o capacete danificado.

A Brigada Militar também utilizou membros do Batalhão de Choque para proteger o prédio da Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM), que representa empresas de ônibus que cobrem cidades da Grande Porto Alegre. Depois da dispersão do protesto, a prefeitura acabou sendo pichada.

Fonte: Terra
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