Protestos tiveram 163 violações a jornalistas, diz Abraji
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) anunciou nesta segunda-feira que registrou 163 casos de agressões ou detenções envolvendo 152 jornalistas em protestos pelo País entre maio de 2013 e 24 de março de 2014. A Abraji autalizou seu levantamento com o caso mais recente, quando um fotórgrafo foi atingido na cabeça por manifestantes no sábado durante a cobertura da Marcha da Família.
Em 31 casos de agressão a Abraji não conseguiu confirmar com a vítima se o ataque foi deliberado ou não. Em 104 casos, as vítimas relataram que o ataque foi deliberado - ou seja, que o ataque aconteceu apesar da identificação do profissional de imprensa. Desses, 82 casos foram protagonizados por policiais, guardas municipais ou seguranças. Manifestantes respondem por 22 ataques. Do total de ataques, 79% foram perpetrados por forças de segurança e 21%, por manifestantes.
São Paulo foi a cidade em que casos deliberados envolvendo a polícia ocorreram mais vezes (48%), especialmente em 13 de junho de 2013 (15 ocorrências) e 22 de fevereiro de 2014 (10 ocorrências).
Os dias mais violentos para jornalistas que cobriram manifestações no Brasil foram 13 de junho do ano passado (24 casos, todos em São Paulo) e 7 de setembro de 2013 (24 casos, a maioria em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte). O segundo dia mais violento foi 22 de fevereiro de 2014, em que houve 19 ocorrências - todas em São Paulo.