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Polícia do Rio faz uma das maiores apreensões de granadas

Além das granadas, policiais encontraram dois fuzis, munições, maconha, cocaína, além de carregadores e rádios

4 jul 2018 - 15h51
(atualizado às 16h09)
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A Polícia Civil do Rio realizou na noite de terça-feira, 3, a maior apreensão de granadas no Estado do Rio nos últimos 15 anos: 48 artefatos foram localizados sobre a laje de alvenaria de uma casa situada na divisa entre as favela de Vigário Geral e Parada de Lucas, na zona norte. No esconderijo, às margens da Avenida Brasil, também havia dois fuzis, cerca de 1.800 munições de calibre 7,62 mm, 40 carregadores, radiotransmissores, 10 tabletes de maconhas e outras drogas em menor quantidade.

Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) encontra paiol de armas e granadas escondida em casa em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (04).
Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) encontra paiol de armas e granadas escondida em casa em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (04).
Foto: MAíRA COELHO/AGÊNCIA O DI / Estadão

Ninguém foi preso. A casa estava vazia. Ela fica numa região conhecida como Beco da Esperança, a poucos metros da Avenida Brasil, principal via de acesso ao Rio de Janeiro e por onde transitam muitos caminhões transportando as mais diversas cargas. Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) chegaram ao local durante operação de combate aos roubos de cargas. "Desde abril estamos investigando esse tipo de crime na região", afirmou o delegado Delmir Gouveia, da DRFC. Segundo policiais, essa foi a maior apreensão de granadas ocorrida no Rio de Janeiro desde 2003.

Quando chegaram à comunidade, os policiais civis foram recebidos a tiros e foi necessário acionar a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), divisão de elite da Polícia Civil. Apesar do tiroteio, não houve registro de feridos.

A Polícia Civil vai investigar se as granadas eram fabricadas no local. Segundo os policiais, os explosivos são usados principalmente para atacar os veículos blindados da polícia, quando são realizadas incursões nas favelas.

As armas e os artefatos explosivos são escondidos em casas da favela. "Geralmente os bandidos usam as casas dos moradores que são expulsos pelos traficantes ou casas abandonadas, ou ainda coagem os moradores a ficarem com essas armas dentro de casa", contou o delegado Delmir Gouveia.

A Polícia Civil procura Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão e apontado como o líder do tráfico de drogas nas favelas de Parada de Lucas e Cidade Alta. A quadrilha chefiada por ele também estaria realizando os roubos de carga na região. Santa Rosa comanda o tráfico em outras dez comunidades das zonas norte e sul do Rio, segundo a polícia, e em função do material apreendido hoje será indiciado por tráfico de drogas, associação criminosa e porte de artefatos explosivos.

Estadão
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