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Polícia Civil e Ouvidoria vão investigar mortes em baile

Em uma rede social, o governador João Doria (PSDB) lamentou o ocorrido

1 dez 2019 - 19h29
(atualizado às 21h53)
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A Polícia Civil e a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo informaram que vão apurar as circunstâncias da ação da Polícia Militar durante um baile funk na comunidade de Paraisópolis na madrugada de domingo (30). Nove pessoas morreram pisoteadas.

O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, disse ao Estado que entrou em contato com a Corregedor da PM e pediu que a apuração seja conduzida por esse órgão.

João Doria, governador de São Paulo 
21/02/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
João Doria, governador de São Paulo 21/02/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Em uma rede social, o governador João Doria (PSDB) lamentou o ocorrido e falou que o caso será investigado.

"Foi uma ação desastrosa da Polícia Militar porque gerou tumulto e mortes na comunidade de Paraisópolis, com a repressão ao baile funk. Todas as circunstâncias precisam ser apuradas, se de fato houve uma perseguição policial contra suspeitos ou se isso foi inventado como um álibi dos policiais", afirmou o advogado Ariel de Castro Alves, membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe).

"Mesmo tendo perseguição, não se justifica esse tipo de ação. Deveria ter um planejamento maior, já que ali estavam cinco mil pessoas. A polícia precisa estar preparada para evitar tragédias, desastres, mortes, tumultos, como esse que ocorreu em Paraisópolis", completou Alves.

O tumulto em Paraisópolis

Visão geral de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo
Visão geral de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo
Foto: Elveson de Freitas / Estadão Conteúdo

Segundo a versão oficial, policiais militares perseguiam dois suspeitos em uma motocicleta quando entraram no local onde ocorria a festa, com cerca de cinco mil pessoas. Havia seis motocicletas da PM estacionadas na altura da Avenida Hebe Camargo, na zona sul, para reforçar o patrulhamento da região por causa do baile funk.

Por volta das cinco horas da manhã, passou pelo local uma outra moto com dois suspeitos, que dispararam contra os agentes de segurança e fugiram em direção a Paraisópolis. Os policiais, então, perseguiram a dupla, de acordo com o registro policial.

Ao chegar à comunidade, os policiais afirmam que teve início o tumulto e os suspeitos se esconderam na multidão. Isso causou pânico e fez com que participantes da festa tropeçassem e se machucassem gravemente. As identidades das vítimas - uma mulher, sete homens e um adolescente de 14 anos - ainda não foram divulgadas.

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