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Novo sistema da Polícia Civil promete mais integração e efetividade, além de BO ágil

Transformação será centralizada em um sistema informático, que terá uma das funcionalidades o acompanhamento em tempo real de viaturas da corporação. Delegado-geral fala em proteção ao policial e melhor atendimento à população

20 ago 2019 - 21h08
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SÃO PAULO - A Polícia Civil do Estado de São Paulo prepara uma guinada digital com um pacote de medidas que promete mais integração com outras polícias, mais efetividade na investigação e até mais agilidade no registro de boletim de ocorrência, que poderá passar a ter horário agendado. A transformação será centralizada em um sistema informático, que terá uma das funcionalidades o acompanhamento em tempo real de viaturas da corporação que estiverem em operações nas ruas do Estado.

De acordo com o delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, a intenção é que a plataforma acabe com o uso de papel na Polícia Civil. A unificação das informações nesse sistema, diz Fontes, facilitará o acesso a ocorrências da mesma natureza, por exemplo, e ajudará na produção de estatísticas. As funcionalidades servem, em um primeiro momento, à atividade policial, facilitando investigações, e, posteriormente, também poderão possibilitar que as vítimas de crimes acompanhem o andamento dos casos em questão.

"Nosso objetivo é proteger o policial e dar o atendimento que a sociedade, que paga o nosso salário, merece", diz o chefe da polícia. Hoje, uma das principais reclamações da população quanto ao serviço prestado pela Polícia Civil, segundo relatório da Ouvidoria das Polícias, diz respeito ao atendimento no DP e ao registro do boletim de ocorrência. Fontes diz que, com o sistema integrado aos registros feitos pela PM, a promessa é que o distrito contate a vítima para marcar o horário para confirmação e registro do caso. "É uma resposta mais rápida e com mais transparência. Vamos dar conhecimento para a vítima de tudo que estamos fazendo."

O software desenvolvido custará R$ 750 mil ao Estado, além de uma licitação programada para aquisição de 1,5 mil tablets e rastreadores, ainda sem o valor divulgado. Os equipamentos serão instalados nas viaturas para facilitar acesso a informações do sistema de investigação, mas também para facilitar a localização dos agentes em operação. "Costumo lembra de uma perseguição que fizemos na Marginal e que o reforço levou 30 minutos para chegar, em 1997, porque não sabiam exatamente nossa localização. A informática agora nos permite que essa localização ocorra imediatamente", diz o delegado-geral.

Os rastreadores, defende Fontes, dá transparência sobre os deslocamentos dos servidores. "O objetivo não é fiscalizar o policial, mas dar proteção a ele. Conseguiremos aferir com precisão a eficiência do policial em atividade." As mudanças devem vir acompanhadas pela aquisição de novas viaturas, armas e coletes para os policiais.

Estadão
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