Morte de ex-delegado: 100 policiais irão em busca dos suspeitos ligados ao PCC, diz SSP
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) classificou como um ataque de vingança do PCC a morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) classificou como um ataque de vingança do Primeiro Comando da Capital (PCC) a morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, ocorrida na noite de segunda-feira, 15 de setembro, na Baixada Santista.
O ex-chefe da Polícia Civil foi alvo de uma emboscada após ter seu carro perseguido e colidido contra um ônibus.
Criminosos fortemente armados desceram de outro veículo e dispararam diversos tiros de fuzil contra Ruy Ferraz. O ataque aconteceu logo após a colisão, impossibilitando qualquer chance de defesa.
O secretário-executivo da SSP, Osvaldo Nico Gonçalves, falou que não há dúvidas de que o assassinato foi uma retaliação.
"Isso aí certamente foi vingança do PCC. Ele lutou muito contra a facção", declarou.
A SSP lembrou que, em 2019, Ruy Ferraz foi jurado de morte pelo PCC, quando ainda era delegado-geral. Naquele ano, a facção demonstrou insatisfação após a transferência de seu líder máximo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para um presídio federal. Desde então, o nome do delegado passou a figurar em listas de alvos do grupo.
O histórico do ex-delegado contra o crime organizado remonta aos anos 2000, quando ele chefiou a Delegacia de Roubo a Bancos do Deic. Foi nesse período que o Ruy se destacou como um dos primeiros a investigar a atuação da facção no estado de São Paulo.
Após o ataque, a cúpula da Segurança Pública se deslocou rapidamente para a Baixada Santista. O atual delegado-geral, Artur Dian, esteve presente na região para acompanhar as investigações de perto.
O Comando de Choque da PM também reforçou o policiamento. Segundo o coronel Valmor Racorti, cerca de 100 homens de unidades especializadas foram enviados para buscas contra os suspeitos. O objetivo é localizar os criminosos que participaram da ação e identificar os mandantes.
Câmeras de segurança registraram parte da perseguição. As imagens mostram o carro de Ruy sendo seguido antes de bater em um ônibus. Logo em seguida, três homens armados descem de outro veículo e disparam dezenas de tiros, confirmando que se tratava de uma execução planejada.
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Em nota, a SSP afirmou que não medirá esforços para investigar o crime e prender os responsáveis. O órgão destacou ainda que a morte de Ruy representa um ataque direto contra o Estado e que a resposta será "firme e proporcional".