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Cidades

Marcola é ouvido sobre ameaças a autoridades

Líder de facção criminosa falou a promotores e delegados dentro do presídio de segurança máxima em Presidente Venceslau (SP)

18 dez 2018 - 10h44
(atualizado às 11h14)
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Promotores e delegados de polícia ouviram nesta segunda-feira, 17, no presídio de Presidente Venceslau (SP), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi questionado sobre planos de ataques a autoridades, mas detalhes do depoimento não foram revelados.

Pelo menos cinco promotores participaram do interrogatório ao detento por cerca de três horas. Eles fazem parte da força-tarefa montada para investigar as ameaças que foram descobertas neste mês através de monitoramento de mensagens saídas de dentro do presídio para comparsas dos criminosos.

Marcola foi ouvido em uma sala da Penitenciária 2, a P2, onde cumpre pena no complexo prisional.

Marcola, isolado, tem tido menos influência sobre o PCC
Marcola, isolado, tem tido menos influência sobre o PCC
Foto: Jorge Santos/Oeste Notícias / Estadão Conteúdo

As mensagens da facção criminosa foram descobertas em cartas com duas mulheres que visitaram presos no local. Elas foram escritas de forma codificada, porém, o Ministério Público teria decifrado os textos e estaria estudando a transferência de Marcola e de outros líderes para presídios de segurança máxima fora de São Paulo.

Alvos

Pelo que foi apurado pela promotoria, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), entre as futuras vítimas do PCC estariam o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, o deputado estadual Coronel Telhada (PP) e o coordenador de presídios Roberto Medina. Todos eles foram avisados sobre a possibilidade de atentados e tiveram a segurança reforçada.

Fuga

Antes disso, outro plano foi descoberto, dessa vez envolvendo o investimento de R$ 100 milhões em um ataque para libertar Marcola da prisão. O motivo para esta ação e as ameaças seria justamente a intenção de transferir o líder da facção, condenado a mais de 200 anos, para um presídio federal.

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