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Lobos-guarás órfãos formam casal e criam dois filhotes em zoo de Rio Preto

Ainda sem nomes, as pequenas fêmeas completaram dois meses de vida e já começam a se alimentar sozinhas

25 set 2020 - 15h10
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SOROCABA - Mais conhecido dos brasileiros depois de ilustrar a recém-lançada nota de R$ 200, o lobo-guará ganhou um reforço em sua pequena e vulnerável população no Estado de São Paulo. O zoológico municipal de São José do Rio Preto apresentou, na quinta-feira, 24, duas lobinhas que nasceram em suas instalações no último dia 27 de julho.

Ainda sem nomes, as pequenas fêmeas completaram dois meses de vida e já começam a se alimentar sozinhas. Os pais são lobos-guarás órfãos, levados ao zoológico após serem resgatados pela Polícia Ambiental. O zoo participa de um programa nacional de conservação da espécie.

Conforme o coordenador do zoológico, o veterinário Ciro Cruvinel, o nascimento dos filhotes representa uma vitória do conservacionismo, já que os pais foram entregues após serem recolhidos em situação de alto risco. O macho Pluto e a fêmea Vitória foram achados ainda filhotes, sem os pais, provavelmente mortos por atropelamentos. A fêmea tinha fratura na pata traseira.

As lobinhas nasceram pesando em torno de 360 gramas cada e já estão com mais de quatro quilos. Com pouco mais de dois meses de vida, eles ainda são amamentados, mas também se alimentam de carnes e frutas, com os pais. Como a gestação do lobo-guará é de 63 dias, as crias foram concebidas durante a pandemia, quando o zoo estava fechado.

O programa de conservação da espécie lobo-guará envolve a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, à qual o zoo de Rio Preto é filiado, e o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Quando adultas, as lobinhas devem ser encaminhadas a outras instituições para contribuir com o programa de reprodução da espécie.

O lobo-guará é o maior canídeo nativo da América do Sul, medindo até 1 metro altura e 1,30 de comprimento. A perda de seu habitat - campos e florestas de cerrado - tem levado as populações a um declínio significativo. A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) vê o animal como "quase ameaçado", enquanto o ICMBio o classifica como "vulnerável à extinção".

Estadão
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