Força-tarefa prende mais dois acusados de participação no assassinato de delator do PCC
Um dos acusados foi detido ontem e outro na madrugada de sábado; eles estariam ligados ao esquema da facção para proteger a fuga dos executores do assassinato do empresário no aeroporto de Guarulhos
A Polícia Civil prendeu mais dois acusados de participação no assassinato do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, o delator do Primeiro Comando da capital (PCC) fuzilado na área de desembarque do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O crime aconteceu no dia 8 de novembro. Agora, já são três os acusados detidos pela força-tarefa montada para apurar o caso. Gritzbach foi atingido por dez tiros. Uma bala perdida matou o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais.
De acordo com investigadores do caso, o casal seria amigo de Mateus e estava hospedado na casa de Allan, tio de Marcos e de Mateus. Eles deviam ser libertados ainda na manhã deste sábado, dia 7.
Já Mateus teve a prisão temporária pedida pelo DHPP. Ao depor, o acusado teria confessado que auxiliou Kauê na fuga por ter recebido essa missão do PCC. Ele disse ser integrante da facção e teria comprado telefones celulares para ajudar o comparsa. Ao todo, sete aparelhos telefônicos foram apreendidos pela força-tarefa. Além disso, a polícia concluiu que o telefone celular dele esteve ligado a uma Estação Rádio-Base na região do aeroporto de Cumbica, no dia 8 de novembro, uma hora antes do crime, o que poderia indicar uma participação direta no delito. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Mateus.
Além de Kauê, que foi flagrado por câmeras dentro do aeroporto e contra o qual existe uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à sua captura, a polícia também procura Matheus Augusto de Castro Mota, um comerciante de carros suspeito de fornecer os dois veículos usados pelos executores do crime. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito.