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Epidemia de dengue em São Paulo atingiu pico e estabilizou

Contudo, é preciso aguardar o próximo relatório para ver se existe tendência de queda

8 mai 2015 - 08h04
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São Paulo tem epidemia de dengue
São Paulo tem epidemia de dengue
Foto: IStock

A incidência da dengue na capital paulista alcançou o patamar de 340,1 casos por 100 mil habitantes, o que configura, conforme critério da Organização Mundial da Saúde (OMS), situação de epidemia. O balanço, divulgado na quinta-feira (7) pela prefeitura, reúne dados até a 16ª semana epidemiológica, terminada em 25 de abril.

De acordo com o secretário adjunto de Saúde, Paulo Puccini, a doença já atingiu o seu pico. “A ocorrência semanal da dengue, que vinha em ascensão, se estabilizou”, disse ele, e destacou que é preciso aguardar os próximos levantamentos para verificar se há tendência de queda.

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Dos 96 distritos administrativos do município, 31 estão em epidemia, com mais de 300 casos por 100 mil habitantes. “No caso de São Paulo, entendemos que cada um desses distritos é quase um município. É importante considerá-los individualmente para entender esse processo de ação, de ataque e de avaliação”, avaliou Puccini. A pior situação está na zona norte, com 15.076 casos e incidência de 680,7/100 mil. Em seguida está a região sul, com 7.257 casos e incidência de 285,4/100 mil.

Mais três mortes foram confirmadas desde o último balanço, totalizando oito casos no município, em 2015, ante 14 óbitos em igual período de 2014. Um dos casos foi uma jovem de 25 anos, da Cidade Líder, na zona leste. Ela não apresentava doenças associadas. De acordo com Puccini, ela demorou a procurar tratamento médico. “Daí a importância de se procurar o serviço de saúde desde os primeiros sintomas”, advertiu. segundo ele, 25 mortes continuam sob investigação no município.

Com objetivo de dar agilidade ao atendimento médico, foram criadas tendas nos bairros. Nesses espaços, foram atendidas 14 mil pessoas até o dia 5 de maio. “Pegamos o momento mais delicado, mais importante da nossa ação, que é o momento em que a pessoa é identificada como suspeita. Aparecem os primeiros sinais de desidratação, e ela inicia os cuidados de maneira rápida”, explicou o secretário. Em relação à parceria feita com o Exército para ajudar no combate aos focos de dengue, a taxa de recusa das pessoas em permitir a entrada do agente de zoonoses caiu de 20% para 3%.

Em parceria com a secretaria municipal de Saúde, para ajudar no tratamento de pacientes com suspeita de dengue, o Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), abrirá amanhã (8) um centro de contingência. O local tem capacidade para acolher diariamente 200 pacientes, e contará com quatro consultórios, 20 leitos para hidratação, 120 poltronas de espera, recepção e uma equipe de três enfermeiros e quatro médicos, sendo um pediatra. As pessoas a serem atendidas lá terão que ser encaminhadas por unidades básicas e ambulatoriais.

Agência Brasil Agência Brasil
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