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Cidades

Variante Delta aparece em 45% das amostras analisadas no Rio

Nova cepa do coronavírus é mais transmissível; mutação de Manaus ainda é predominante no Estado

4 ago 2021 - 10h12
(atualizado às 10h26)
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A análise periódica de casos de covid-19 no Estado do Rio mostra que a variante Delta do coronavírus está em circulação pelo Estado e se encaminha para se tornar a mais frequente. No Rio, a amostragem mais recente apontou que 45% dos casos analisados já eram dessa cepa. Ao todo, pelo menos 38 municípios fluminenses já registram casos dessa variante, identificada originalmente na Índia e mais transmissível. Os estudos ainda não associam, porém, a Delta à maior mortalidade.

Pessoas em tradicional rua de comércio popular no centro do Rio de Janeiro
29/06/2020
REUTERS/Lucas Landau
Pessoas em tradicional rua de comércio popular no centro do Rio de Janeiro 29/06/2020 REUTERS/Lucas Landau
Foto: Reuters

A Delta tem desacelerado planos de reabertura no Brasil e no exterior. De acordo com documento dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, essa variante pode ser tão contagiosa quanto a catapora. Pesquisas também já mostraram que uma só dose da vacina AstraZeneca ou Pfizer não é suficiente contra essa cepa, mas duas conseguem dar proteção.

Os números foram apontados pelo programa de vigilância genômica e consideram 368 amostras coletadas entre junho e julho. No período, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), 66,58% das amostras eram da variante Gama (identificada originalmente em Manaus e predominante no Brasil) e 26,09% da variante Delta. Na rodada anterior, quando haviam sido sequenciadas 379 amostras, os números apontavam para 78,36% casos da Gama e 16,62% da Delta.

"Dessa forma, é possível afirmar que a variante Delta está em circulação no Estado do Rio de Janeiro, com tendência de aumento e conversão para se tornar a mais frequente", ressalta a SES.

De acordo com a secretaria, a amostragem apontou ainda 0,8% de incidência da cepa Alfa, identificada originalmente no Reino Unido, e de outra seis variantes, que "não são consideradas como de interesse nem de preocupação pela Organização Mundial da Saúde".

Segundo a secretaria, a análise dos casos ocorre por amostragem. "Um dos critérios de escolha das amostras são as que têm maior carga viral, ou seja, de pacientes que podem ter maior gravidade clínica", afirma a secretaria. O projeto Corona-Ômica-RJ é um dos maiores estudos de vigilância genômica do país e reúne diversos laboratórios especializados. Ao todo, são sequenciadas cerca de 800 amostras de todo o Estado por mês.

Estadão
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