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De olho na eleição na Câmara, Bruno Covas troca secretário da Casa Civil

Eduardo Tuma, atual titular da pasta, deverá voltar ao Legislativo para disputar a Presidência da casa; para seu lugar, vai o atual líder do governo, João Jorge

21 nov 2018 - 16h02
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SÃO PAULO - Após uma série de trocas no primeiro escalão da Prefeitura após a vitória do ex-prefeito João Doria (PSDB) ao cargo de governador, o prefeito Bruno Covas nomeará na segunda-feira, 26, um novo secretário da Casa Civil. O vereador João Jorge (PSDB), atual líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo e presidente do PSDB municipal, deverá ocupar o cargo. O atual secretário, o também vereador Eduardo Tuma (PSDB), deverá voltar à Câmara já tido como o principal nome para assumir a Presidência do Legislativo no ano que vem.

Tuma foi para a articulação política da Prefeitura após o Executivo sofrer uma derrota, em março, e não conseguir aprovar a reforma da Previdência municipal. Ele conta com o apoio do atual presidente, Milton Leite (DEM), que não poderá mais se reeleger e vem fazendo campanha aberta a seu favor. Na semana passada, ele chegou a afirmar que Tuma teria ao menos 42 dos 55 votos necessários dos vereadores para assumir o cargo. "Essa é a razão da volta dele", disse João Jorge, que assume o cargo na segunda. "Ele volta para se preparar para a eleição da nova Mesa Diretora, que está marcada para o dia 15 (de dezembro)."

O atual secretário estava em viagem na semana passada, quando parte do secretariado de Covas já havia sido trocado. Embora esse fosse um movimento que há semanas já era esperado nos corredores da Câmara, o convite formal foi feito apenas hoje.

"Ainda vou conversar com o prefeito para definir as prioridades. Mas a Previdência Municipal certamente é uma delas", disse João Jorge. "Minha missão é manter a boa relação entre a Prefeitura e a Câmara".

Milton Leite havia prometido à Covas que levaria a reforma à votação ainda neste ano, o que poucos vereadores dizem acreditar ser possível. Ele se comprometeu a não levar o texto ao plenário antes do dia 24 de dezembro, quando vence o prazo de funcionamento de uma comissão -- criada por ele e contestada pela bancada do PSOL, de oposição -- que analisa o projeto. Na semana passada, disse que tentaria votar o projeto entre os dias 24 e 31 de dezembro.

O Estado procurou Tuma, mas não conseguiu repercutir a nomeação com ele.

Estadão
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