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Criminosos fazem motorista refém e incendeiam ônibus em Poá

Célio Benedito dos Santos teve o corpo embebido com gasolina, mas conseguiu escapar; segundo a polícia, ataque pode ter sido ordenado pela facção criminosa PCC

22 jul 2019 - 15h15
(atualizado às 20h57)
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SOROCABA - Cinco homens renderam o motorista de um ônibus do transporte coletivo e puseram fogo no veículo, na madrugada desta segunda-feira, 22, em Poá, região metropolitana de São Paulo.

Cinco homens invadiram o ônibus, renderam o motorista e atearam fogo ao coletivo, em Poá, na região metropolitana de São Paulo. As chamas consumiram o veículo
Cinco homens invadiram o ônibus, renderam o motorista e atearam fogo ao coletivo, em Poá, na região metropolitana de São Paulo. As chamas consumiram o veículo
Foto: Polícia Militar/Divulgação / Estadão

O motorista Célio Benedito dos Santos teve o corpo embebido com gasolina, mas conseguiu escapar. Os criminosos disseram que pretendiam "vingar" a morte de um suspeito, baleado pela polícia na noite de domingo, no Jardim Débora. Após o ataque, a empresa Radial Transporte Coletivo recolheu parte da frota.

O motorista contou à polícia que parou para pegar um suposto passageiro e, quando abriu a porta, o ônibus foi invadido por outras quatro pessoas armadas. Eles o renderam e obrigaram que levasse o veículo até a rua Estado do Espírito Santo, onde usaram galões com combustível para atear fogo ao coletivo. Antes, tiraram o motorista do ônibus e espalharam gasolina e etanol em seu corpo. O condutor aproveitou um descuido dos suspeitos para fugir. As chamas consumiram totalmente o veículo.

Conforme a Polícia Civil, o ataque pode ter sido ordenado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que tentaria controlar o transporte clandestino na cidade, mas ainda é necessário avançar nas investigações. À polícia, a empresa informou que vinha recebendo ameaças, por isso retirou vários ônibus de circulação - uma das linhas foi totalmente paralisada.

A direção da Radial informou que está em contato com Polícia Militar para retomar o transporte e repudia os estímulos à violência e ação do crime organizado, que participa do transporte clandestino. "As ameaças contra a empresa se agravaram após ser aprovada a Lei n.o 13.855, que criminaliza o transporte clandestino de passageiros", informou em nota.

Estadão
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