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Covas quer aumentar em 86% gasto com seguranças

Pedido de reajuste foi enviado à Câmara; ideia é equiparar gratificação de PMs nessa função ao que se paga no Legislativo

16 ago 2018 - 03h10
(atualizado às 08h29)
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O prefeito Bruno Covas (PSDB) enviou projeto de lei à Câmara de São Paulo para conceder reajuste de até 418% na gratificação paga pelo Município aos policiais militares lotados no gabinete do prefeito, a Assessoria Militar, que cuida da segurança do chefe do Executivo. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e tem carimbo de "urgência" para tramitação.

Ao todo, o gasto com a assessoria militar passaria de R$ 800 mil anuais para R$ 1,49 milhão - alta de 86%. Na justificativa no projeto, Covas diz que é preciso equiparar os ganhos desses militares aos dos PMs que atuam no Legislativo e têm valor de gratificação maior. Em nota ao Estado, a Prefeitura argumenta ainda que "corrige uma discrepância de valores pagos a policiais destacados para trabalhar nas duas Associações Policiais Militares de órgãos municipais".

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas
Foto: Leon Rodrigues/SECOM / via Fotos Públicas

São propostas quatro faixas de reajuste. Em valores absolutos, os maiores aumentos são para os seis oficiais lotados no gabinete (quatro capitães, um major e um coronel), que passarão a receber de gratificação R$ 6,6 mil mensais no lugar dos atuais R$ 3,1 mil, além do salário que ganham como PMs.

A gratificação é paga a título de cargo em comissão, como o que recebe o servidor em posto de chefia, e é acrescentado ao salário de PM pago pelo Estado. No caso dos 23 cabos e 13 soldados, o reajuste é de 124% - de R$ 1,4 mil para R$ 2,6 mil.

Esses militares são responsáveis por garantir a segurança pessoal do prefeito e seus parentes, de sua residência e de autoridades em visita oficial à cidade. Também fazem a ponte entre a Prefeitura e o comando da PM na capital.

Em março, antes de deixar o cargo para disputar o governo do Estado, o ex-prefeito João Doria (PSDB) publicou decreto que estendia as atribuições do órgão, incluindo fazer a segurança de ex-prefeitos por até um ano. Após repercussão negativa, a medida foi revogada.

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