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Com carnaval, Brasil amplia alerta sobre o coronavírus

Até essa sexta-feira, Ministério da Saúde só investigava a doença em pessoas que estiveram na China

21 fev 2020 - 15h58
(atualizado às 17h01)
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O Ministério da Saúde decidiu nesta sexta-feira ampliar para mais sete países asiáticos o alerta para casos suspeitos de coronavírus. Até então, só eram considerado suspeito os casos de pessoas que estiveram na China. Segundo a pasta, a ampliação ocorreu após um salto de novos casos da doença fora da China e pelo aumento do fluxo de estrangeiros no Brasil por causa do carnaval.

Nessa sexta-feira, o Brasil só tem um caso suspeito para o vírus - outros 51 que já foram investigados foram descartados para coronavírus. O único caso sob investigação é no Rio de Janeiro - na quinta-feira também havia apenas um caso suspeito no País, mas já descartado em São Paulo.

Funcionário usa máscara no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Funcionário usa máscara no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Foto: Roberto Casimiro / Foto Arena / Estadão

A ampliação de definição de caso suspeito passará a considerar o Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Singapura, Vietnã, Camboja e Tailândia. Por serem países com maior fluxo de viagens com o Brasil, o Ministério da Saúde alertou que, nos próximos dias, pode ocorrer um aumento significativo de casos suspeitos no País - ainda não há a circulação do vírus em território brasileiro.

"A decisão ocorreu por prudência, para aumentar a vigilância. Nos últimos dias, foi detectado um aumento muito grande da circulação do coronavírus em outros países. Por isso, decidimos ampliar o critério", disse João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde. Entre a quinta-feira, 20, e essa sexta-feira, foi registrado um aumento de 14% no número de novos casos confirmados para a doença - um total de 149 - fora da China.

Em apenas um dia, a Coreia do Sul reportou à Organização Mundial da Saúde (OMS) 100 novos casos, dobrando o número total que antes era de 104 confirmações. O país tamb[em instituiu a quarentena para mais de 9 mil pessoas.

Segundo Reis, o Japão foi incluído na lista por ter o segundo maior número de casos depois da China, já são 706. "Além de ser o que país com o maior fluxo para o Brasil. Por isso, é importante sermos bastante vigilantes".

Situação controlada

Cônsul-geral-adjunto do Japão em São Paulo, Akira Kusunoki diz que a situação está controlada no país."São 85 casos confirmados no Japão, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Estamos tomando as medidas apropriadas e rígidas, como quarentena, para evitar a propagação em larga escala, algo que não está acontecendo. Existe o caso do cruzeiro que aportou em Yokohama, mas está totalmente controlado."

O cruzeiro foi colocado em quarentena com pouco mais de 3.700 pessoas a bordo (entre passageiros e tripulação) em 3 de fevereiro, depois que um passageiro desembarcado foi infectado com o coronavírus COVID-19. Desde então, foram confirmadas 634 pessoas infectadas, que foram gradualmente hospitalizadas em vários centros médicos. Segundo o Ministério da Saúde, um total de 717 pessoas desembarcaram do navio entre quarta e quinta-feira desta semana.

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