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Chuvas causam duas mortes por afogamento em Belo Horizonte

Bombeiros buscam adolescente que está desaparecida após ser arrastada para dentro de um bueiro

16 nov 2018 - 02h23
(atualizado às 16h15)
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Duas mortes por afogamento foram confirmadas em decorrência das fortes chuvas que atingiram Belo Horizonte durante o feriado da Proclamação da República, nesta quinta-feira, 15. Uma pessoa está desaparecida.

As vítimas fatais, uma mulher e uma criança de aproximadamente 10 anos, foram encontradas pelo Corpo de Bombeiros dentro de um automóvel. Supostamente mãe e filha, elas foram arrastadas pela correnteza em um alagamento na Avenida Vilarinho, no bairro de Venda Nova, na região norte da capital mineira.

As vítimas estavam dentro de um carro e morreram afogadas. A força da água arrastou o veículo para a linha do metrô, que passa próximo à avenida.

Belo Horizonte, BH, MG, chuva
Belo Horizonte, BH, MG, chuva
Foto: Júnia Garrido / Futura Press

Os bombeiros também realizam na madrugada desta sexta, 16, buscas por uma adolescente que foi arrastada pelas águas na Avenida Álvaro Camargo, também na região de Venda Nova.

Segundo relatos do Corpo de Bombeiros, a jovem desaparecida estava com seu namorado dentro de um veículo que ficou com uma das rodas presas em um bueiro que perdeu a tampa por conta da inundação. Ao tentar deixar do automóvel, ela foi sugada para dentro da galeria pela correnteza.

O desaparecimento por causa das chuvas também ocorreu na região Norte, no bairro São João Batista, na Avenida Álvaro Camargos. A vítima foi identificada como Anna Maria Fernandes Maria, de 16 anos. Segundo os bombeiros, a moça estava com o namorado dentro de um veículo, que teria ficado com a roda presa em um ponto da via. Ao sair do carro, não viu um bueiro e teria sido levada para dentro da galeria pela força da água. O namorado deixou o carro pelo outro lado.

Uma viatura dos bombeiros chegava ao local no momento. Um integrante do grupo tentou resgatar a moça, sem sucesso. As buscas pela garota seguem neste momento.

Um segundo desparecimento pode estar relacionado às fortes chuvas desta quinta-feira à noite. Segundo os bombeiros, um homem ainda não identificado morreu ao tentar atravessar um córrego na Ocupação Vitória, na divisa de Belo Horizonte e Santa Luzia.

O homem estaria embriagado e, com a força da água, teria sido levado ao tentar atravessar o curso d´água.

Os bombeiros seguem as buscas nesta sexta.

Chuva mais forte do ano

O feriado de Proclamação da República foi o dia mais chuvoso do ano na capital mineira, segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte. Das 12h30 às 22 horas, choveram 101,6mm. O volume é quase metade dos 239,8mm previstos para todo o mês na cidade.

Os bairros de Venda Nova e Pampulha foram os mais atingidos pelas chuvas. No total, foram registrados nove alagamentos, dois desabamentos de muros, um deslizamento de encosta e uma queda de árvore foram registradas na cidade.

O terminal da Estação Vilarinho, que integra 47 linhas de ônibus e uma linha de metrô, foi um dos locais alagados.

A Defesa Civil informou que está tomando todas as providências para limpeza e recuperação das áreas atingidas pelas chuvas para garantir a normalidade na cidade.

De acordo com o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), a previsão do tempo nesta sexta-feira, 16, é de novas pancadas de chuva em Belo Horizonte.

'Lamentável'

O governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lamentou os estragos causados pela forte precipitação desta quinta. "É lamentável que as chuvas tenham causado tantos danos e principalmente a perda de vidas. E cabe realmente ao estado e ao município tomar medidas sobretudo preventivas para que esse tipo de fato não ocorra de forma alguma", afirmou.

Zema defendeu ainda a urbanização com mais áreas verdes para evitar o impacto de temporais. "A melhor forma é uma urbanização responsável com mais áreas verdes que não impermeabilizem o solo tanto. Toda cidade que cresce baseada apenas em asfalto e concreto. É questão de tempo para que isso venha a acontecer uma hora. Onde o problema já existe, temos que solucioná-lo. Onde ele não existe, se planejar pra que não ocorra no futuro, evitando essa impermeabilização do solo que é a grande causa", disse.

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