PUBLICIDADE

Centrais sindicais prometem protestos em 24 Estados e no DF nesta 6ª

29 ago 2013 - 15h07
(atualizado às 15h13)
Compartilhar
Exibir comentários

As principais centrais sindicais do Brasil organizam uma série de manifestações nesta sexta-feira em diversas cidades do País. O Dia Nacional de Manifestações e Luta prevê paralisações de categorias e protestos em pelo menos 24 Estados e no Distrito Federal.

A Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) declararam apoio às manifestações, que têm como principais causas a melhoria de qualidade e redução de custos dos transportes coletivos, a garantia de investimento de 10% do produto interno bruto (PIB) na educação, o fim do fator previdenciário e a derrubada do projeto de lei (PL) 4330, que pretende regular o trabalho terceirizado.

Em São Paulo, os protestos têm início já na tarde desta quinta-feira, com a vigília de aposentados em frente à sede do INSS, no viaduto Santa Ifigênia. Segundo a Força Sindical, os aposentados passarão a noite no local, onde será montado um acampamento.

A partir das 5h de sexta-feira, haverá concentração de trabalhadores em diferentes pontos da cidade, incluindo a empresa metalúrgica MWM, na zona sul, o Terminal Sacomã, na zona leste, e a ponte do Piqueri, na zona oeste. Às 10h, a manifestação seguirá para o Viaduto Santa Ifigênia, no centro, onde haverá ato conjunto de todas as centrais sindicais participantes. Segundo a CSP-Conlutas, diversas categorias pretendem cruzar os braços nesta sexta-feira em São Paulo, incluindo trabalhadores em educação básica, bancários e servidores do Incra e do Dnit.

Haverá manifestações também em Brasília e nos Estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade