Candidatos burlam lei e impulsionam posts no dia da eleição
Reportagem identificou casos por meio da plataforma Biblioteca de Anúncios, do Facebook
Candidatos estão impulsionando publicações pagas no Facebook em seus nomes mesmo no dia da eleição. A reportagem do Estado identificou os casos por meio da Biblioteca de Anúncios do Facebook.
A resolução nº 23.551 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fala sobre propaganda eleitoral, diz que é crime, punível com detenção de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade, a publicação de "novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações de internet."
É o caso do candidato a deputado federal Netinho Lapenda, do Pros em Pernambuco, que pagou para impulsionar uma foto dele, depois de ter votado, com seu número. "Voto na urna!!!!"
O candidato a deputado estadual pelo PSL no Rio de Janeiro vereador Poubel também impulsionou duas postagens, com vídeos em que pede votos, ambas iniciadas neste domingo.
Celso Adame, candidato a deputado estadual de Rondônia pelo PSL, também pagou para impulsionar um vídeo defendendo sua candidatura.
Outros candidatos também fizeram propaganda no dia 6 e pagaram para que ela continuasse no ar neste domingo mas, neste caso, a resolução diz que não há irregularidade. Mesmo assim, praticamente todos os candidatos retiraram do ar seus anúncios no dia 6. É o caso de todos os presidenciáveis que tinham anúncios no ar, como Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), que estavam entre os que mais pagaram para impulsionar suas postagens na rede social.
Procurado, Lapenda disse que não tem assessoria e que o anúncio passou despercebido. "Achei que não poderia fazer campanha e pedir votos, como pode ver, é uma imagem com minha filha na seção de votação após às 15:00. Imediatamente pausei quando soube através de você." O Estado tentou contato com Poubel e Adame, mas não teve retorno até o momento. O espaço segue aberto para manifestações.