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Ao planejar novos programas, militares miram obter caixa-preta das tecnologias

Os grandes programas olham para a expansão das capacidades operacionais das Forças Armadas, para a aquisição de tecnologias sofisticadas e qualificação do pessoal

22 set 2020 - 05h10
(atualizado às 06h51)
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Os investimentos militares não são uma via rápida para o aumento do protagonismo na gestão do País. Os grandes programas olham para a expansão das capacidades operacionais das Forças Armadas, para a aquisição de tecnologias sofisticadas e qualificação do pessoal - da tropa e das agências de pesquisa. Essa política é resultado de 35 anos de seca, encerrados em 2007, durante os quais Exército, Marinha e Aeronáutica só receberam investimentos residuais, despregados de critérios de planejamento.

Há 13 anos, Lula iniciou um amplo projeto de modernização e reequipamento das Forças - a começar pelo programa nuclear da Marinha que, para chegar à meta de construir um submarino atômico, passa pelo domínio de todo o conhecimento sensível envolvido, do ciclo completo do enriquecimento do urânio ao projeto do navio 6 mil toneladas.

Como consequência da retomada de investimentos, vieram os quatro submarinos do ProSub, (convencionais, diesel-elétricos), os mais modernos na categoria. O primeiro, o S-40 Riachuelo, foi entregue no fim de 2019 e entrará em operação em 2021. O estaleiro de onde saiu e a base a partir da qual vai atuar, foram construídos no Rio de Janeiro. A tecnologia transferida da França sofreu alterações propostas por técnicos navais brasileiros.

O modelo se aplica também a outro programa de referência: o contrato de compra de 36 caças Gripen, suecos. O primeiro F-39 chegou no último domingo, 20, de navio, em Santa Catarina. Está sendo preparado e até sexta voa para a fábrica da Embraer Defesa e Segurança em Araraquara (SP). O modelo, de desenvolvimento, está lotado de instrumentos. Essa é a estratégia da Defesa: não comprar nada, nem mesmo serviços, que seja vendido em regime de caixa-preta.

Estadão
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