PUBLICIDADE

Adolescente de 14 anos morre em ação policial no Rio

João Pedro Mattos estava na casa de parentes quando foi atingido por um disparo; médicos do Corpo de Bombeiros prestaram atendimento

19 mai 2020 - 14h01
(atualizado às 14h04)
Compartilhar
Exibir comentários

Um adolescente de 14 anos morreu na tarde de segunda-feira, 18, após ser atingido por um disparo durante operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O garoto João Pedro Mattos estava na casa de parentes quando foi atingido. Familiares declararam que ficaram sem notícias sobre o paradeiro do corpo até a manhã desta terça.

Adolescente de 14 anos morre em ação policial no Rio
Adolescente de 14 anos morre em ação policial no Rio
Foto: Reuters

Segundo a polícia civil, a operação - uma ação conjunta das polícias federal e civil e que contou com o apoio aéreo da polícia militar - visava cumprir dois mandados de busca e apreensão contra líderes de uma facção criminosa. Ainda de acordo com a corporação, durante a ação seguranças dos traficantes tentaram fugir e dispararam contra os policiais, inclusive arremessando granadas na direção dos agentes.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) instaurou inquérito para apurar a morte de João Pedro. A perícia no local já foi realizada e duas testemunhas prestaram depoimento na delegacia. Os policiais que participaram da ação foram ouvidos e as armas apreendidas para confronto balístico. Outras diligências estão sendo realizadas para esclarecer as circunstâncias do fato.

João Pedro foi socorrido e levado em um helicóptero da PM. Médicos do Corpo de Bombeiros prestaram atendimento, mas ele não resistiu aos ferimentos. O corpo, então, foi encaminhado para o IML de São Gonçalo.

Familiares do jovem relataram à TV Globo que ficaram sem notícias sobre o paradeiro dele até a manhã desta terça. O pai, Neilton Pinto, estava revoltado. "Um jovem de 14 anos, um jovem com um futuro brilhante pela frente, que já sabia o que queria do seu futuro. Mas, infelizmente a polícia interrompeu o sonho do meu filho. A polícia chegou lá de uma maneira cruel, atirando, jogando granada, sem perguntar quem era. Se eles conhecessem a índole do meu filho, quem era meu filho, não faziam isso. Meu filho é um estudante, um servo de Deus. A vida dele era casa, igreja, escola e jogo no celular", disse.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade