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29 manifestantes detidos em protesto são liberados; MPL marca novo ato

Grupo assinou Termo Circunstanciado; nova manifestação se concentrará na Praça da Sé nesta quinta-feira, às 17h

8 jan 2020 - 10h49
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SÃO PAULO - Os 29 manifestantes que foram detidos durante o protesto do Movimento Passe Livre (MPL) nesta terça-feira, 7, foram liberados após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por dano, desacato e lesão corporal. Com o grupo, a polícia apreendeu uma mochila com dez coquetéis molotov.

O primeiro ato no ano contra o aumento de R$ 0,10 nas tarifas do transporte público de São Paulo terminou em tumulto após manifestantes tentarem pular catracas da Estação Trianon-Masp, da Linha 2-Verde, na Avenida Paulista, região central da capital.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um major da Polícia Militar foi ferido por um estilhado de vidro.

Um novo protesto foi convocado pelo MPL para esta quinta-feira, 9, com concentração na Praça da Sé, também no centro, às 17 horas.

Protesto

Esvaziado, o ato do MPL se concentrou no Viaduto do Chá e caminhou até a Paulista, mas contou com presença maior de policiais do que de manifestantes. Tanto organizadores quanto a PM informaram que 500 pessoas participaram do protesto.

A passeata transcorreu pacificamente na maior parte do tempo. Já no fim, no entanto, após começar a cair uma chuva forte por volta das 20h30, um grupo de manifestantes entrou na Estação Trianon-Masp, cujas catracas foram cercadas por policiais do Batalhão de Choque para impedir a invasão. Entre eles, havia black blocs.

Dentro da estação, o grupo continuou gritando palavras de ordem e pedia para pular as catracas. Com um megafone, um PM avisou aos usuários que o local seria fechado por questões de segurança. Nessa hora, houve uma tentativa de avanço contra a linha policial e os agentes revidaram forçando os escudos.

Manifestantes atiraram pedaços de paus e tinta contra os agentes. Com o tumulto iniciado, o PM do megafone informou que a estação seria evacuada. Houve correria e empurra-empurra. Acionada, uma equipe do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) avançou contra ativistas e profissionais da imprensa.

Na saída, placas de publicidade foram depredadas. A polícia usou spray de pimenta e cassetete. Um policial também ameaçou fazer uso da arma de bala de borracha. Do lado de fora, um grupo atirou garrafas de vidro contra guarnições.

Em sua página oficial, o MPL diz que manifestantes foram detidos "arbitrariamente", pois "somente tentavam voltar pra casa sem pagar tarifa".

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (CMSP) disse que manifestantes "danificaram vários equipamentos da estação, entre eles uma escada rolante, luminárias, placas de propaganda e ainda picharam portas e bloqueios da estação".

Estadão
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