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Celso de Mello nega possibilidade de Bolsonaro depor por escrito em inquérito que apura interferência na PF

11 set 2020 - 11h07
(atualizado às 12h14)
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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para que o presidente Jair Bolsonaro possa depor por escrito no âmbito do inquérito que aponta suposta interferência dele na Polícia Federal, informou o STF nesta sexta-feira.

01/09/2020
REUTERS/Adriano Machado
01/09/2020 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em sua decisão, o ministro que está há mais tempo na corte e que se aposentará em novembro, argumentou que a prerrogativa de um chefe de Poder prestar depoimento por escrito só existe quando ele é testemunha ou vítima, não quando é réu ou investigado, como é o caso de Bolsonaro neste inquérito.

Em seu despacho, Celso de Mello também esclareceu que a decisão de negar a possibilidade de Bolsonaro depor por escrito estava pronta antes de ele sofrer uma intervenção hospitalar, o que fez com que entrasse em licença médica. A internação impediu o ministro, de acordo com o documento, de assinar a decisão tornada pública agora.

Ao pedir demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública em abril, o ex-juiz federal Sérgio Moro justificou a saída do comando da pasta apontando que Bolsonaro havia buscado interferir na Polícia Federal através da troca do diretor-geral da corporação e de comandos de superintendências regionais do órgão.

O presidente nega as acusações, que levaram Aras a pedir a instauração de inquérito contra Bolsonaro, por causa da suposta interferência, e contra Moro, para apurar se houve denunciação caluniosa ou crime contra a honra cometido pelo ex-ministro.

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