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Candidatos evitam confrontos em 1º debate na TV

Debate foi marcado por tom morno e ausência do PT

10 ago 2018 - 09h42
(atualizado às 10h36)
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Os candidatos à Presidência do Brasil nas eleições de 2018 participaram na noite de ontem (9) do primeiro debate eleitoral, organizado pela Rede Bandeirantes.

Candidatos evitam confrontos em 1º debate na TV
Candidatos evitam confrontos em 1º debate na TV
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os políticos responderam a perguntas sobre reforma da previdência, índice de violência, aborto e crise de imigrantes venezuelanos.

O debate, em geral, manteve um tom morno, sem confrontos diretos. De acordo com especialistas, serviu mais para apresentar os candidatos aos eleitores e não é possível definir quem foi o vencedor.

O encontro contou com oito dos 13 candidatos definidos em convenções partidárias: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

A ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro, fez o PT ficar de fora do debate, pois a Justiça negou os pedidos para que ele participasse do evento.

Enquanto o debate se desenrolava na televisão, o PT fez uma transmissão via Facebook, com o vice e plano B, Fernando Haddad, e a vice "stand-by", Manuela D'Ávila.

No palco da Band, os candidatos evitaram confrontos diretos e temas polêmicos. Alckmin e Ciro não foram questionados sobre alguns de seus pontos fracos, como o escândalo da Dersa ou o temperamento explosivo do ex-governador do Ceará. A maioria também poupou Bolsonaro, conhecido por declarações polêmicas e ultraconservadoras, além de liderar as pesquisas de intenção de voto nos cenários sem Lula.

Candidato da maior coalizão partidária, Alckmin foi o único que enfrentou mais provocações de rivais e foi alvo de mais perguntas. Marina Silva criticou a aliança do PSDB com os chamados partidos do "centrão". "Isso é fazer mudança?", questionou a candidata da Rede.

Com exceção de Boulos, todos os candidatos fizeram menções a Deus, focando o eleitorado cristão. Violência, desemprego e dívida do Estado foram os temas mais recorrentes.

Só dois candidatos, Marina e Boulos, tiveram que responder uma pergunta de uma jornalista sobre aborto. O candidato do PSOL defendeu uma reforma na legislação para ampliar a possibilidade de interrupção da gravidez, aliada a uma política nacional para a saúde da mulher. Já Marina Silva disse apoiar a legislação da maneira que está e que qualquer mudança deveria passar por um plebiscito.

Ansa - Brasil   
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