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Brasil envia avião para buscar 2 milhões de doses de vacina da AstraZeneca na Índia

13 jan 2021 - 15h09
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O Brasil enviará um avião na quinta-feira para buscar na Índia os 2 milhões de doses compradas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, com o objetivo de assegurar o início da vacinação no país na próxima semana.

Produção de vacina da AstraZeneca no Serum Institute, em Pune, Índia
 30/11/2020 REUTERS/Francis Mascarenhas
Produção de vacina da AstraZeneca no Serum Institute, em Pune, Índia 30/11/2020 REUTERS/Francis Mascarenhas
Foto: Reuters

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse que a documentação para trazer as vacinas fabricadas pelo Instituto Serum, da Índia, já está pronta. Na semana passada, o governo brasileiro entrou em contato com autoridades indianas para garantir a exportação das doses, e o presidente Jair Bolsonaro chegou a escrever uma carta ao premiê do país, Narenda Modi, pedindo urgência no envio.

"É o tempo de viajar, apanhar e trazer. Já está com o documento de exportação pronto. Data de decolagem (de volta ao Brasil), dia 16. Então quando nós tivermos a posição da Anvisa, nós temos o material para distribuir", disse o ministro em pronunciamento em Manaus, cidade que está sendo duramente afetada pela pandemia de Covid-19.

Inicialmente Pazuello afirmou que o avião partiria do Brasil ainda nesta quarta-feira, mas posteriormente a companhia aérea Azul, responsável pelo traslado, disse que a aeronave partirá na quinta-feira. O Ministério da Saúde depois confirmou que a viagem será na quinta-feira.

O avião será um Airbus A330neo, que irá decolar do Recife. Segundo a Azul, o avião partirá às 23h rumo à cidade indiana de Mumbai, com previsão de retorno ao Brasil no dia 16, pousando no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

Segundo a Azul, o avião que irá realizar a operação será equipado com contêineres espessos que garantirão o controle de temperatura da carga estimada em 15 toneladas, de acordo com as recomendações do fabricante.

A Fiocruz pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso emergencial da vacina Oxford/AstraZeneca, e o órgão regulador anunciou que se reunirá no domingo para tomar uma decisão sobre o pedido.

As doses importadas servirão para o início da vacinação no país enquanto a Fiocruz aguarda a chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA) da AstraZeneca para iniciar a produção da vacina no Brasil.

A chegada do IFA estava prevista para dia 9 de janeiro, mas a Fiocruz informou na semana passada que o prazo foi adiado para até o final do mês devido a questões burocráticas. Segundo uma fonte com conhecimento da situação, o insumo já está produzido e pronto para ser enviado ao Brasil, mas ainda falta uma licença de exportação da China, onde fica a unidade da AstraZeneca encarregada da produção.

O imunizante é a principal aposta do governo federal para a vacinação dos brasileiros a fim de conter a pandemia do novo coronavírus no país. Até o fim do ano, o governo federal espera contar com mais de 200 milhões de doses da vacina da Fiocruz.

Além da vacina da Fiocruz, o Ministério da Saúde firmou contrato com o Instituto Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo instituto paulista. O acordo prevê ainda a compra de mais 56 milhões de doses em um segundo momento.

A expectativa do governo federal é iniciar a imunização contra a Covid-19 no país em 20 de janeiro, no melhor cenário, dependendo da aprovação regulatória da Anvisa e da disponibilidade de imunizantes.

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