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Bolsonaro usa porta-voz para responder pela primeira vez ataques de Olavo de Carvalho a membros do governo

22 abr 2019 - 19h45
(atualizado às 19h53)
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O presidente Jair Bolsonaro usou seu porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, para responder, pela primeira vez, o escritor Olavo de Carvalho, que tem feito constantes críticas a membros de seu governo, e disse que Carvalho não contribui para a "unicidade de esforços" e para o projeto do governo.

17/04/2019
REUTERS/Adriano Machado
17/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

No final de semana, o escritor gravou mais um vídeo em que critica o entorno de Bolsonaro, afirmando que o presidente está em meio a uma rede de intrigas, e criticou os militares.

O vídeo foi distribuído na conta de Twitter do presidente --que costuma ser gerenciada por seu filho Carlos--, em seguida apagada e recolocada no Twitter do próprio Carlos.

"O professor Olavo de Carvalho teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país. Entretanto, suas recentes declarações contra integrantes dos Poderes da república não contribuem para a unicidade de esforços e consequente atingimento de objetivos propostos em nosso projeto de governo", leu o porta-voz, atribuindo o texto a uma nota de Bolsonaro.

"Igualmente, o presidente tem convicção de que o professor, com seu espírito patriótico, está tentando contribuir com a mudança e com o futuro do Brasil."

Depois das declarações de Carvalho nesse final de semana, o vice-presidente Hamilton Mourão --que já tinha travado outros embates com o escritor-- afirmou que ele "perdeu o timing", não está entendendo o que está acontecendo no Brasil e deveria se ater à profissão de astrólogo.

Carvalho voltou às redes sociais para rebater o vice-presidente e foi defendido por Carlos Bolsonaro, que o chamou de "gigantesca referência do que vem acontecendo há tempos no Brasil".

Essa não é a primeira vez que Olavo de Carvalho ataca os militares mais próximos do Planalto. Em março deste ano, o auto-intitulado filósofo chamou o vice-presidente de "idiota" e disse que Bolsonaro está cercado de traidores.

No início deste mês, atacou o ministro da Secretaria de Governo, general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, em uma série de tuítes, e chegou a dizer que o ministro "não presta".

Até então, Bolsonaro havia evitado criticar o escritor.

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