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Bolsonaro quer garantir livre comércio e democracia, diz porta-voz ao comentar Argentina

13 ago 2019 - 19h33
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O presidente Jair Bolsonaro apoia governos que compactuam com a democracia, livre mercado e liberdades individuais e deseja que a esquerda não retorne ao comando de países da América do Sul como ocorre na Venezuela, disse o porta-voz da Presidência nesta terça-feira, ao comentar declarações do presidente sobre a disputa eleitoral na Argentina.

09/08/2019
REUTERS/Adriano Machado
09/08/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O general Otávio Rêgo Barros disse que hoje o Brasil e a Argentina, sob o comando do presidente liberal Maurício Macri, são abertos ao mundo e ao comércio e que isso poderia estar ameaçado com uma eventual vitória da oposição nas eleições presidenciais naquele país. As eleições primárias argentinas realizadas no domingo apontaram uma vitória da oposição sobre Macri, apoiado por Bolsonaro.

"O que o presidente Bolsonaro vem expressando, vem vocalizando é um temor que haja um regresso a uma situação semelhante aquele período de 2003 a 2015", disse o porta-voz.

O general admitiu ainda que, numa eventual vitória da oposição na eleição de outubro na Argentina, há uma possibilidade de revisão do acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia.

"Há sempre uma possibilidade de governos que não estejam alinhados com esse pensamento do livre comércio possam regredir aquilo que já foi firmado", disse.

"Não obstante, nós não podemos definir isto como aceitável em face que não temos ainda o resultado. Eleição se decide efetivamente quando deposita o voto na urna", completou.

O porta-voz disse que Bolsonaro declinou de comentar as declarações do candidato de oposição de centro-esquerda Alberto Fernández que criticou na segunda-feira o presidente brasileiro, a quem classificou de "racista, misógino e violento".

Os comentários de Fernández vieram depois de dura declaração de Bolsonaro, em solenidade no Rio Grande do Sul.

"Se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo Estado de Roraima, e não queremos isto, irmãos argentinos fugindo para cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro", disse Bolsonaro.

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