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Bolsonaro quer extradição 'rápida' de Cesare Battisti

Hoje,o presidente eleito recebeu o embaixador Antonio Bernardini

5 nov 2018 - 18h36
(atualizado às 18h48)
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Após encontro com o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (5) que está disposto a fazer "tudo o que for legal" para realizar "imediatamente" a extradição do italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país.

    Durante entrevista à TV Band, Bolsonaro afirmou que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva "decidiu, no apagar das luzes, dar status de refugiado a um terrorista italiano" e agora ele fará "tudo o que for legal" para "devolver este terrorista para a Itália".

    O ex-guerrilheiro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) foi condenado à perpétua na Itália por assassinatos cometidos na década de 1970. Foragido, foi encontrado no Brasil, onde recebeu asilo de Lula.

    O governo de Michel Temer já autorizou sua extradição e aguarda apenas uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre se um presidente pode revogar a decisão tomada por um antecessor. "Voltará para a Itália, sim, imediatamente. Voltar para lá. Vai depender do Supremo Tribunal Federal esta decisão", ressaltou Bolsonaro a ser questionado se Battisti deve ser extraditado.

    Logo após a reunião entre Bolsonaro e Bernardini, a procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, pediu ao STF que dê preferência ao julgamento da ação que discutirá o futuro do italiano. O relator do caso é o ministro Luiz Fux, que, no ano passado, concedeu um habeas corpus preventivo a Battisti, evitando a sua extradição até a análise de mérito do caso. Segundo Dodge, o governo brasileiro tem a prerrogativa de rever a decisão sobre o ex-guerrilheiro por se tratar de uma medida política.

Ansa - Brasil   
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